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Abertura dos mercados: Crise na Turquia penaliza banca europeia e deixa euro em mínimos de mais de um ano

A banca europeia está a penalizar as bolsas, e o euro segue em mínimos de Julho de 2017, devido aos receios de contágio da crise na Turquia. A lira está a afundar mais de 6% para um novo mínimo face ao dólar.

Reuters
Rita Faria afaria@negocios.pt 10 de Agosto de 2018 às 09:20

Os mercados em números

PSI-20 desce 0,31% para 5.624,92 pontos

Stoxx 600 perde 0,49% para 388,13 pontos

Nikkei desvalorizou 1,33% para 22.298,08 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos inalterados em 1,767%

Euro recua 0,63% para 1,1454 dólares

Petróleo em Londres cai 0,62% para 71,62 dólares o barril

 

Banca penaliza bolsas europeias

As bolsas europeias estão a negociar em queda esta sexta-feira, 10 de Agosto, penalizadas pelo contexto de crescentes tensões geopolíticas, que estão a diminuir o apetite dos investidores pelo risco.

 

Há vários focos de instabilidade. Por um lado, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a crescente tensão entre os Estados Unidos e a Rússia, depois de Donald Trump ter imposto sanções sobre Moscovo por causa do alegado envenenamento de um espião no Reino Unido.

 

Por outro lado, crescem as preocupações em torno da situação da Turquia – abalada também pelos receios em torno das tensões diplomáticas com Washington – que tem visto a lira atingir sucessivos mínimos históricos.

 

Os potenciais efeitos desta crise na banca europeia estão a penalizar fortemente o sector, que é o que mais contribui para a descida das praças europeias. Segundo avança o FT esta segunda-feira, o Banco Central Europeu está atento aos efeitos que a desvalorização da lira pode ter em alguns dos bancos sobre a sua supervisão. Entre as instituições que mais preocupam estão o BBVA, Unicredit e BNP Paribas. Nesta altura, o BBVA desce 3,58%, o Unicredit cai 3,46% e o BNP Paribas desvaloriza 3,16%.

 

Em Lisboa, o PSI-20 desce 0,31% para 5.624,92 pontos, pressionado sobretudo pela Galp e BCP. A Galp recua 0,82% para 17,585 euros e o BCP desliza 0,61% para 26,18 cêntimos.

 

Juros italianos sobem e contrariam tendência

Os juros da dívida da generalidade dos países do euro seguem em queda, com excepção dos italianos, que sobem em todas as maturidades. No prazo a dez anos, a yield dos juros transalpinos avançam 2,5 pontos base para 2,923%.

 

Em Espanha, os juros a dez anos recuam 0,7 pontos para 1,387%, na Alemanha descem 3,3 pontos para 0,342% e em Portugal estão inalterados em 1,767%.

 

Euro em mínimos de mais um ano. Lira afunda

A moeda única europeia está a negociar em mínimos de mais de um ano face ao dólar, penalizada pelos receios em torno do contágio da crise na Turquia. Depois de ter descido quase 5% na sessão de ontem, a lira turca está a afundar mais de 6% para marcar um novo mínimo histórico face ao dólar.

 

A lira tem sido castigada pelas preocupações em torno da capacidade do banco central de controlar a inflação, a intromissão do presidente na condução da política monetária e, mais recentemente, em torno das tensões diplomáticas entre a Turquia e os Estados Unidos.

 

O euro cai 0,63% para 1,1454 dólares, o valor mais baixo desde Julho de 2017.

 

Petróleo com maior série de quedas semanais em três anos

O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais, preparando-se para completar, esta sexta-feira, a sexta semana consecutiva de perdas, a mais longa série de desvalorizações semanais em três anos.

 

A penalizar a matéria-prima está a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, que aumenta os receios de uma quebra da procura.

 

Nesta altura, o Brent, negociado em Londres, cai 0,62% para 71,62 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, recua 0,54% para 66,45 dólares, o valor mais baixo desde 22 de Junho.

 

Ouro desce antes dos dados da inflação

O ouro segue em queda, contrariando a evolução do dólar norte-americano – que está em máximos de Julho do ano passado – antes de serem conhecidos os dados da inflação dos EUA, que deverão apontar para uma subida consistente dos preços, dando argumentos à Fed para continuar a aumentar os juros.

 

O ouro cai 0,35% para 1.208,17 dólares enquanto a prata desce 0,71% para 15,3339 dólares.  

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