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Abertura dos mercados: China e Japão dão sinais de fraqueza e deixam bolsas pessimistas
As bolsas europeias estão a cair pelo segundo dia consecutivo, penalizadas pelos dados económicos dececionantes vindos da China e do Japão. As obrigações europeias, pelo contrário, estão em alta, assim como o ouro e o petróleo.
Os mercados em números
PSI-20 cai 0,43% para 5.271,24 pontos
Stoxx 600 desce 0,12% para 405,38 pontos
Nikkei desvalorizou 0,76% para 23.141,55 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 2,4 pontos para 0,333%
Euro sobe 0,03% para 1,1010 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,61% para 62,75 dólares o barril
Bolsas europeias descem pela segunda sessão
As bolsas europeias estão a desvalorizar pela segunda sessão consecutiva, penalizadas por uma série de indicadores económicos dececionantes vindos da China e do Japão. Na China, os números da produção industrial, vendas a retalho e investimento, em outubro, foram inferiores ao esperado, confirmando a desaceleração da segunda maior economia do mundo, enquanto no Japão foi revelado que o PIB cresceu 0,2% no terceiro trimestre quando as projeções apontavam para um crescimento de 0,9%.
Estes dados económicos estão a preocupar os investidores e a contribuir para a queda das ações. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 0,12% para 405,38 pontos.
Na bolsa nacional, o PSI-20 cai 0,43% para 5.271,24 pontos, pressionado sobretudo pelo BCP, Jerónimo Martins e a Galp. O banco liderado por Miguel Maya recua 1,62% para 20,66 cêntimos, a Galp cai 0,27% para 15,02 euros e a Jerónimo Martins recua 0,59% para 15,06 euros.
Obrigações sobem com fuga das ações
Com os investidores a afastarem-se dos ativos de maior risco, como as ações, as obrigações estão em alta e, consequentemente, os juros em queda. Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos desce 2,4 pontos para 0,333%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a queda é de 2,4 pontos para 0,419%. Na Alemanha, os juros deslizam 3 pontos base para -0,334% e em Itália recuam 3 pontos para 1,211%.
Dólar recua pela primeira vez em três sessões
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a cair pela primeira vez em três sessões, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter sugerido ontem que os juros nos Estados Unidos deverão manter-se no nível atual, exceto se a economia piorar e o banco central for forçado a reforçar os estímulos.
Já o euro segue em alta ligeira face à nota verde, com uma subida de 0,03% para 1,1010 dólares. Reverteu as perdas depois de ter sido divulgado que a economia alemã cresceu 0,1% no terceiro trimestre, evitando desta forma a recessão técnica.
Petróleo sobe com expectativa de queda das reservas
O petróleo está a valorizar pelo segundo dia consecutivo, impulsionado pelos dados do Instituto do Petróleo Americano que mostram que as reservas de crude dos Estados Unidos deverão ter diminuído em 541 mil barris na semana passada. Além disso, a contribuir para a subida das cotações estão ainda as indicações da OPEP de que a oferta de fora do grupo deverá sofrer uma "forte" queda no próximo ano.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,63% para 57,48 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, valoriza 0,61% para 62,75 dólares.
Ouro em alta pelo terceiro dia
O ouro segue em alta pela terceira sessão consecutiva – depois de ter atingido mínimos de três meses – impulsionado pelo receio de que os Estados Unidos e a China não cheguem a um acordo que ponha fim à guerra das tarifas.
O metal amarelo valoriza 0,42% para 1.469,70 dólares.