Notícia
Abertura dos mercados: Brent em máximos de dois anos e meio
Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, tendo o Brent do Mar do Norte já tocado no valor mais elevado desde Junho de 2015, acima dos 65 dólares. As bolsas europeias seguem sem tendência definida.
PSI-20 ganha 0,01% para 5.363,37pontos
Stoxx 600 cede 0,12% para 388,58 pontos
Nikkei caiu 0,32% para 22.866,17 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desce 1,2 pontos base para 1,784%
Euro sobe 0,15% para 1,1787 euros
Brent em Londres sobe 1,39% para 65,59 dólares
Bolsas sem definição
As principais bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida, num dia em que vão ser conhecidos alguns dados económicos, como é o caso da inflação no Reino Unido. Além disso, começa esta terça-feira o encontro de dois dias da Reserva Federal dos EUA. E o mercado antecipa que o banco central da maior economia mundial determine a terceira subida dos juros este ano para o intervalo de 1,25% para 1,5%.
O índice grego (+0,44%) e o holandês (+0,23%) são os que mais sobem no Velho Continente. Por outro lado, o espanhol IBEX35 (-0,47%) e o francês CAC40 (-0,31%) são os que mais descem. Lisboa regista uma valorização muito ligeira de 0,01% e o Stoxx 600, índice de referência, cede 0,12%.
Juros continuam em queda
Os juros da dívida pública nacional continuam a descer no mercado secundário. A dez anos, o prazo de referência, as "yields" perdem 1,2 pontos base para 1,784%. Na sessão de ontem as obrigações a dez anos chegaram a negociar nos 1,767%, o que corresponde a mínimos de 2015.
Depois de em Setembro, a Standard and Poor’s ter surpreendido o mercado e subido o rating da dívida soberana nacional, os investidores esperam agora que Fitch seja a segunda grande agência a colocar a dívida portuguesa num nível acima de lixo. Uma decisão que pode ser conhecida na próxima sexta-feira. Esta expectativa tem levado a quedas acentuadas dos juros da dívida portuguesa no mercado secundário.
Ainda na edição desta terça-feira, o Negócios avança que a expectativa de uma melhoria de avaliação está a suportar a dívida portuguesa, que rende mais de 14%, em 2017. Os analistas mantêm-se optimistas, mas o espaço para quedas futuras é agora menor.
Não são só os juros nacionais que estão em queda. Os juros de Itália a dez anos recuam 1,1 pontos base para 1,643% e os de Espanha 0,7 pontos base para 1,406%. Já os da Alemanha, a dez anos, as obrigações ganham 0,7 pontos base para 0,300%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 148,7 pontos.
Euro em alta ligeira
A moeda da Zona Euro regista um ganho ligeiro face ao dólar (+0,15% para 1,1787 dólares ). Esta semana, tanto o BCE como a Fed, têm agendados encontros e os investidores aguardam para saber as conclusões dessas reuniões.
A Reserva Federal dos EUA deverá, na quarta-feira, anunciar uma subida da taxa directora de 0,25 pontos base. As estimativas do mercado antecipam que Janet Yellen suba os juros para um intervalo entre 1,25% e 1,50%.
No dia seguinte, na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) deverá deixar o plano de compra de activos inalterado, assim como as taxas de juro, depois de ter alargado o seu programa por mais nove meses, até Setembro de 2018. Mario Draghi deverá, porém, traçar novas projecções para a economia do euro, incluindo o primeiro "outlook" para 2020.
Petróleo em máximos de mais de dois anos
Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, sobe 1,39% para 65,59 dólares por barril, tendo já negociado nos 65,70 dólares por barril, o que corresponde ao valor mais elevado desde Junho de 2015.
Esta evolução tem lugar numa altura em que um dos mais importantes oleodutos do mundo está encerrado. Durante uma inspecção de rotina foi detectada uma fissura no North Sea Forties Pipeline System que vai demorar cerca de duas semanas a ser reparada, avança a Bloomberg, citando a operadora Ineos.
O West Texas Intermediate sobe 0,95% para 58,54 dólares por barril (tendo já tocado nos 58,52 dólares por barril, o que representa um máximo de 1 de Dezembro de 2017), numa altura em que as previsões apontam que na semana passada as reservas recuaram pela quarta semana consecutiva.
Entretanto, a negociação da matéria-prima está a ser marcada também pelo acordo alcançado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados, incluindo a Rússia, para estender os cortes na produção de petróleo até ao final do próximo ano.
Ouro em alta à espera da Fed
O metal amarelo sobe 0,18% para 1.244,20 dólares por onça, numa altura em que os investidores aguardam pelo encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos para perceberem se a autoridade monetária vai, de facto, subir pela terceira vez este ano os juros.