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Abertura dos mercados: Bolsas voltam a subir e juros regressam às quedas. Petróleo recupera

O início de sessão nas praças europeias está a ser de ganhos, com os investidores atentos as todas as noticias relacionadas com os conflitos comerciais que envolvem os Estados Unidos. O dólar perde força e o petróleo recupera.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,62% para os 5.205,43 pontos
Stoxx 600 sobe 0,48% para os 380,08 pontos
Nikkei valorizou 0,33% para 21.204,28 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos cedem 1,8 pontos base para 0,653%
Euro soma 0,11% para 1,1324 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,66% para 62,7 dólares por barril

 

Bolsas em alta com setor automóvel a impulsionar

As bolsas europeias estão a valorizar esta terça-feira, 11 de junho, depois de uma sessão em que a bolsa alemã esteve fechada. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 0,48% para os 380,08 pontos, acumulando três sessões consecutivas de subidas. O índice está em máximos de quase três semanas.

 

No arranque da semana são as tréguas entre os EUA e o México que beneficiam a negociação. No sábado os EUA firmaram um acordo com o México - ficando assim suspensas as tarifas que entrariam em vigor ontem - que fica dependente do cumprimento de medidas "sem precedentes" relativas ao controlo do fluxo migratório por parte das autoridades mexicanas.

 

A influenciar os mercados na sessão de hoje está também mais uma ameaça de Donald Trump. O presidente norte-americano avisou ontem que se não houver encontro com Xi Jinping irá aumentar as tarifas de imediato, sugerindo que as tarifas podem ir além dos 25%. Além disso, Trump apontou para um novo alvo: o vinho francês, revelou, numa visita a França.

 

Na Europa, os setores que se destacam são o dos automóveis e o das matérias-primas. Ambos os setores são dos mais sensíveis às notícias sobre as disputas comerciais. Depois de maio ter sido um mês negro, o arranque de junho está a marcado por alguma recuperação, também ditada pelos sinais mais acomodatícios dados pelos bancos centrais. 

 

No setor dos automóveis, o destaque vai apenas para a Renault que, depois de ter falhado a fusão com a italiana Fiat, quer reforçar a sua posição de poder na Nissan, empresa japonesa com quem tem uma parceria de duas décadas.

 

Entre as praças europeias, nota para a bolsa grega que continua a subir após atingir máximos de mais de um ano ontem, dia em que o primeiro-ministro Alexis Tsipras oficializou o pedido de eleições antecipadas. 

 

O PSI-20 sobe 0,62% para os 5.205,43 pontos, acumulando seis sessões consecutivas de subidas, o maior ciclo de ganhos desde o início do ano. A bolsa nacional negoceia em máximos de um mês. 

 

Juros da dívida voltam a descer

A sessão de segunda-feira foi marcada pelo regresso do apetite dos investidores por ativos de maior risco, o que motivou uma desvalorização das obrigações soberanas e consequente alta nos juros dos títulos. Hoje o movimento volta a ser de queda nas "yields".

 

A taxa de juro das obrigações do Tesouro a 10 anos cede 1,8 pontos base para 0,653%, voltando assim a aproximar-se de mínimos históricos. Ontem a "yield" dos títulos portugueses aumentou 6 pontos base.

 

"Nas últimas sessões em que as yields [das obrigações soberanas] desceram para mínimos históricos e as ações valorizaram, os investidores no mercado de dívida aproveitaram para realizar mais-valias nas maturidades mais longas", disse à Reuters John Davies, especialista em taxas de juro da Standard Chartered.

 

Potencial descida de juros penaliza dólar

O euro volta a ganhar terreno face ao dólar, numa altura em que a divisa norte-americana continua a ser pressionada pela expectativa cada vez mais forte de descida de juros na maior economia do mundo. De acordo com a Reuters, os investidores estão a atribuir uma probabilidade de apenas 20% a um corte de juros já na reunião de junho, mas de 100% até ao mês seguinte de julho.

 

O euro soma 0,11% para 1,1324 dólares e o índice do dólar segue estável, mas a negociar perto de mínimos de março.

 

Petróleo recupera

O petróleo está a recuperar da descida acentuada da sessão de segunda-feira, sessão em que a matéria-prima foi penalizada pelo facto de a Arábia Saudita e a Rússia não terem ainda chegado a acordo sobre os níveis de produção. O Brent, que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas, está a valorizar 0,66% para 62,7 dólares (ontem desceu 1,58%). Já o crude WTI, transacionado em Nova Iorque, avança 1,15% para 53,87 dólares (ontem caiu 1,35%).

 

O ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse na segunda-feira que não se pode excluir o cenário em que a cotação do petróleo baixe para os 30 dólares por barril, caso não seja prolongado o acordo que limita a produção dos países que exportam petróleo.

 

Ouro desce pela segunda sessão

O metal precioso volta a afastar-se do máximo de 13 meses que fixou na sexta-feira, com a cotação a ceder 0,31% para 1.323,88 dólares. O ouro está a corrigir das valorizações que alcançou devido à fuga dos investidores de ativos mais arriscados, sendo que se atingira a barreira dos 1.400 dólares tocará em máximos de seis anos.  

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