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Abertura dos mercados: Bolsas recuperam, iene e ouro sobem, petróleo acima de 50 dólares

Os mercados accionistas inverteram para ganhos ligeiros depois de o início da sessão ter sido marcado pelo aumento da tensão entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional. Activos de refúgio como o iene, o franco suíço ou o ouro continuam a beneficiar.

Bruno Simão/Negócios
22 de Setembro de 2017 às 09:33
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,01% para 5.306,33 pontos
Stoxx 600 desce 0,15% para 382,32 pontos
Nikkei caiu 0,25% para 20.296,45 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,5 pontos-base para 2,442%
Euro soma 0,44% para 1,1995 dólares
Petróleo em Londres avança 0,28% para 56,59 dólares o barril

Bolsas reduzem perdas após novas ameaças da Coreia do Norte
O tom das negociações nas praças europeias está a ser de atenuação das perdas registadas no arranque da sessão, perante novas ameaças de Pyongyang contra as sanções reforçadas dos EUA e declarações do presidente norte-americano.

A promessa de detonar uma bomba de hidrogénio no Oceano Pacífico, deixada esta madrugada, levou as praças asiáticas a perdas generalizadas e teve efeito negativo no arranque do dia no Velho Continente. Contudo, os principais índices ensaiam regresso a ganhos, estando apenas Frankfurt no vermelho.

Em Lisboa, os ganhos ténues são sustentados pelos máximos de cinco meses na Pharol (ganha mais de 2%), depois de conhecido ontem o interesse de investidores chineses na Oi, a que se juntam subidas de Galp, Nos e Semapa e apesar das descidas do universo EDP, do BCP e dos títulos do retalho, Sonae e Jerónimo Martins.

Juros em alta 
As yields associadas à dívida portuguesa avançam nas maturidades mais longas, subindo pela segunda sessão no prazo de referência - a dez anos - e em contraciclo com a maioria das pares do sul da Europa onde a manhã está a ser de alívios.

O risco da dívida (diferencial para as yields da dívida alemã a 10 anos) mantém-se nos 197,8 pontos base, próximo dos mínimos de Janeiro de 2016 alcançados depois da subida de rating por parte da Standard & Poor's, que tirou os títulos portugueses da categoria de investimento especulativo.

Ontem foi conhecida a preparação de uma emissão de dívida na China de obrigações denominadas em yuan - a primeira do género entre os países da Zona Euro - onde portugal deverá levantar até 380 milhões de euros.

Iene descola de menor valor em dois meses, euro soma pela segunda sessão 
A beneficiar do recrudescimento da tensão na Coreia do Norte estão os activos de refúgio como o iene e o franco suíço, com a moeda japonesa a registar a maior subida em duas semanas e a recuperar valor que a retira dos mínimos de 18 de Julho registados na sessão passada.

Já o euro avança pela segunda sessão face ao dólar mas ainda abaixo dos 1,20 euros, depois do anúncio esta semana de que a Fed começará a reduzir o balanço associado ao seu programa de "quantitative easing" e na sequência de dados positivos na actividade económica na Zona Euro conhecidos esta manhã e que apontam para 

Petróleo acima dos 50 dólares 
O preço do barril de petróleo transacciona acima dos 50 dólares tanto em Nova Iorque como em Londres, depois de a OPEP e os seus aliados (incluindo a Rússia) terem sugerido que esperarão um pouco mais para ver se são necessárias acções adicionais nos seus esforços de travar o excesso de produção de petróleo a nível internacional.

O Comité Ministerial Conjunto de Monitorização da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que fiscaliza os cortes de produção acordados em Novembro, reúne-se esta sexta-feira em Viena e os analistas consideram pouco provável que recomendem uma extensão dos cortes em vigor.

Ouro recupera de mínimos de quase um mês
A tensão criada pelas novas ameaças de Pyongyang está também a beneficiar a cotação do metal amarelo, activo de refúgio que descola de mínimos de quase um mês. O preço da onça de ouro ganha 0,6% para 1.298,79 dólares.

"Para um mercado menos sensível, isto [novas ameaças] representa pouco actualmente, mas não devem ser postas de parte novas acções, sobretudo tendo em conta que as notícias sugerem que uma nova bomba-H pode ser uma represália da Coreia do Norte," disse o analista Jingyi Pan, da IG Asia, citado pela Bloomberg.
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