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Abertura dos mercados: Bolsas recuam e euro valoriza

O aumento de capital do Deutsche Bank e as declarações de um responsável do Banco Central Europeu (BCE) estão a determinar a evolução dos mercados. As bolsas caem, o euro sobe e o petróleo deprecia.

Bloomberg
20 de Março de 2017 às 09:35
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,38% para 4.631,58 pontos

Stoxx 600 desce 0,15% para 377,75 pontos

Nikkei não negociou devido a feriado (equinócio da Primavera)

"Yield 10 anos de Portugal recua 0,9 pontos base para 4,294%

Euro aprecia 0,21% para 1,0761 dólares

Petróleo recua 0,56% para 51,47 dólares por barril

 

Aumento de capital do Deutsche Bank pressiona bolsas europeias 

As bolsas europeias iniciaram a sessão em queda, pressionadas pelos pormenores relacionados com o aumento de capital do alemão Deutsche Bank, cujas novas acções vão ser emitidas com um desconto de 35%. As declarações do responsável do Banco Central Europeu (BCE), Ignazio Visco, à Bloomberg Tv sobre a possibilidade de retirada de estímulos também estão a pressionar a negociação na Europa. 

 
O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a ceder 0,15% para 377,75 pontos. Já o PSI-20 consegue contrariar a tendência e sobe 0,38%, a beneficiar dos ganhos do BCP, do grupo EDP e da Jerónimo Martins.

Juros em alta ligeira

As taxas de juro associadas à dívida pública estão a registar subidas ligeiras em todos os mercados, num dia em que os investidores estão a reflectir as palavras do responsável italiano do BCE que admitiu, em entrevista à Bloomberg, que o banco central poderá pôr fim ao compromisso de "manter as taxas de juro baixas por um longo período de tempo depois do fim do programa de compra de activos". A taxa de juro implícita na dívida portuguesa a 10 anos está a subir 0,9 pontos base para 4,294%, enquanto a "yield" da bund alemã está a subir exactamento os mesmos 0,9 pontos base para 0,443%, mantendo o prémio de risco da dívida portuguesa de 385 pontos base. 

 

Euro sobe à boleia das declarações de Visco

A perspectiva de que o BCE acelere a retirada de estímulos à economia face ao que estava a ser antecipado, está a impulsionar a negociação do euro, já que as declarações de Visco à Bloomberg apontam para que o banco central possa começar a subir os juros antes do que está a ser incorporado pelos investidores. E a subida de juros acaba por impulsionar a negociação do euro, já que tornará os investimentos nesta moeda mais atractivos. 

 

Petróleo continua em queda

O petróleo continua a cair, a reflectir os dados que apontam para o aumento de produção nos EUA, o que aliado à subida de produção da Arábia Saudita, aumenta a especulação de que o corte de produção realizado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está a ser compensado pela produção de outros países, o que tem colocado pressão sobre a matéria-prima

 

Ouro sobe à boleia da Fed

O ouro está a subir, a beneficiar da expectativa de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA não vai subir mais do que três vezes os juros este ano. O facto de não se antever um acelerar do aumento do preço do dinheiro nos EUA torna mais atractivo o investimento em ouro.
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