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Abertura dos mercados: Bolsas no verde e petróleo a caminho de segundo mês de ganhos
Na Europa o sentimento predominante é positivo e é o PSI-20 a liderar os ganhos. Juros continuam em queda e próximos de mínimos de mais de dois anos, enquanto o petróleo está a caminho do segundo mês a valorizar e o ouro perto de fechar segundo mês seguido de perdas.
Os mercados em números
PSI-20 soma 0,48% para 5.472,43 pontos
Stoxx 600 ganha 0,07% para 394,18 pontos
Topix recuou 0,28% para 1.765,96 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1 ponto base para 2,084%
Euro cede 0,07% para 1,1643 dólares
Petróleo desce 0,28% para 60,73 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias no verde
As principais bolsas europeias estão a negociar em alta, com o PSI-20 a liderar os ganhos na Europa, na quarta sessão seguida em terreno positivo. A praça lisboeta soma 0,48% para 5.472,43 pontos, apoiada em especial pelas subidas do BCP e do grupo EDP. O banco liderado por Nuno Amado aprecia 0,75% para 0,2569 euros, a EDP avança 0,66% para 3,052 euros e a EDP Renováveis sobe 0,58% para 7,15 euros, isto depois de esta manhã a cotada liderada por Manso Neto ter reportado lucros de 165,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.
Já o índice de referência europeu Stoxx 600 cresce ligeiros 0,07% para 394,18 pontos, enquanto o espanhol Ibex ganha ténues 0,09% para 10.455,11 pontos numa altura em que a Catalunha é já governada a partir de Madrid.
A marcar esta terça-feira nos mercados está a quebra registada na produção industrial chinesa e também a atenção dos investidores relativamente aos planos de cortes fiscais promovidos pela administração americana. Há ainda a notícia do New York Times e outros jornais que adianta que Jerome Powell será o nome escolhido pela Casa Branca para suceder a Janet Yellen na presidência da Reserva Federal dos Estados Unidos.
Juros próximos de mínimos de Maio de 2015
Os juros da dívida pública portuguesa estão esta manhã a cair no mercado secundário. A taxa de juro associada às obrigações de dívida lusa com prazo a 10 anos recua 1 ponto base para 2,084%, estando assim próxima do mínimo de Maio de 2015 atingido na última sessão.
Nos periféricos da Zona Euro a tendência também é de queda, com as taxas de juro exigidas pelos investidores para adquirirem dívida espanhola e italiana a 10 anos a recuarem 1,8 e 0,9 pontos base para 1,478% e 1,839%, respectivamente. Também as "bunds" alemãs recuam 0,7 pontos base para 0,360%.
Ainda a contribuir para a queda dos juros continua a decisão anunciada na semana passada pelo Banco Central Europeu que vai prolongar por tempo indeterminado, com a garantia de que pelo menos até Setembro de 2018 continuará em vigor, o programa mensal de compra de activos.
Também a contribuir para esta tendência está a subida, por parte da agência S&P, do "rating" atribuído a Itália para "BBB".
Euro cede face ao dólar
A moeda única europeia está a perder 0,07% contra o dólar para 1,1643 dólares, isto depois de ontem o euro ter recuperado nos mercados cambiais face à divisa norte-americana. É que na sexta-feira da semana passada o euro tocou em mínimos de três meses e meio face ao dólar penalizado pela decisão do BCE.
Também a pressionar a divisa europeia está a crise na Catalunha e os potenciais efeitos negativos que esta terá no comportamento da economia espanhola em 2017 e também em 2018.
Petróleo em perda
Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais, invertendo-se assim a tendência verificada nos últimos dias. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, recua 0,28% para 60,73 dólares por barril, embora se mantenha assim próximo do máximo de Julho de 2015 ontem atingido.
Já o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está a resvalar 0,26% para 54,01 dólares, com o WTI também próximo do máximo de Fevereiro deste ano ontem alcançado.
O preço do petróleo está a caminho de fechar esta terça-feira o segundo mês consecutivo com saldo global positivo, ou seja, em Outubro o valor da matéria-prima terá aumentado face ao verificado na última sessão de Setembro.
Trata-se da primeira vez que em 2017 o crude sobe em dois meses seguidos, o que se explica pela crescente expectativa de que a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) volte a anunciar um prolongamento dos cortes à produção petrolífera em vigor e também pela tendência global de diminuição das reservas de petróleo.
Ouro em queda ligeira a caminho de segundo mês a desvalorizar
O metal precioso está a recuar ligeiros 0,01% para 1.276,17 dólares por onça, o que acontece depois de duas sessões seguidas em que o ouro valorizou.
No entanto, a matéria-prima encaminha-se para fechar Outubro com um saldo global negativo, estando nesta altura com um saldo global de -0,28%. Mantendo-se esta tendência, o ouro vai registar o segundo mês seguido a desvalorizar, isto depois de em Setembro ter caído mais de 3%.
A penalizar o ouro nas últimas sessões está a atenção colocada pelos investidores nas políticas monetárias, aguardando-se com expectativa a decisão da Fed em relação a uma eventual terceira subida dos juros em 2018.