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Abertura dos mercados: Bolsas interrompem ganhos. Juros de Portugal e petróleo continuam em queda
Os investidores aproveitam as declarações de Trump para realizar mais valias nas ações. Petróleo regressa às quedas e os juros da dívida portuguesa estão em queda em dia de duplo leilão.
Os mercados em números
PSI-20 cai 0,35% para os 5.188,89 pontos
Stoxx600 desce 0,34% para os 379,58 pontos
Nikkei desvalorizou 0,35% para 21.129,72 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,1 pontos base para 0,627%
Euro avança 0,12% para 1,1340 dólares
Barril em Londres desliza 1,65% para os 61,26 dólares
Europa quebra o tetra no verde
O agregador das 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, inverteu esta sessão para o vermelho depois de 3 sessões de subidas – desce 0,34% para os 379,58 pontos. Este é o espelho da negociação nas principais praças do Velho Continente, nas quais o sentimento negativo reina e as perdas rondam os 0,30%. Os setores da banca e do petróleo são os que mais perdem.
A abalar os mercados está a confirmação de Trump de que podem vir aí mais tarifas sobre as importações chinesas. O presidente dos Estados Unidos deu como prazo para alcançar um acordo comercial com a China a conferência do G-20, a qual acontece no final de junho. Ainda na agenda europeia estão os discursos de vários membros do Banco Central Europeu, incluindo o presidente Mario Draghi.
Por cá, os "pesos pesados" da bolsa derrubam o PSI-20 depois de seis sessões em que o índice esteve a valorizar. A Galp e o BCP lideram as perdas e caem ambas mais de 1%.
Juros de Portugal caem em dia de emissão
As obrigações soberanas portuguesas estão em alta, contrariando o rumo das pares espanholas e alemãs. A "yield" dos títulos a 10 anos desce 1,1 pontos base para 0,627%, muito perto do mínimo histórico fixado a semana passada ligeiramente abaixo de 0,6%.
Nas últimas semanas os investidores têm apostado forte na dívida soberana devido à abertura manifestada pelos bancos centrais para adotar mais políticas expansionistas. Ainda hoje o membro do concelho do BCE, Villeroy de Galhau, afirmou que se for necessário o banco central poderá aumentar os estímulos à economia europeia.
O IGCP realiza esta quarta-feira um duplo leilão de obrigações do Tesouro, com maturidades a 10 e 15 anos, com o objetivo de encaixar entre 1.000 e 1250 milhões de euros, sendo expectável que sejam atingidos novos mínimos nos custos de financiamento.
Euro sobe pela segunda sessão
Apesar da economia europeia persistir em dar sinais de debilidade, o euro continua a ganhar terreno ao dólar, com a divisa norte-americana a ser penalizada pela convicção mais forte dos investidores que a Reserva Federal vai descer os juros. O euro soma 0,12% para 1,1340 dólares, na segunda sessão em alta que coloca a moeda europeia muito perto de máximos de março que foram atingidos na semana passada.
Petróleo "encolhe" com aumento dos barris
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, cai 1,65% para os 61,26 dólares. A matéria-prima cede depois de ter sido divulgado um relatório que prevê uma subida nos inventários dos Estados Unidos, isto numa altura em que os stocks já se encontram no nível mais elevado em dois anos. A somar-se aos receios de excesso de oferta está o risco de quebra na procura, numa altura em que as ameaças renovadas no âmbito da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China assombram a economia mundial.
Ouro volta a brilhar
Depois de duas sessões no vermelho, o metal amarelo abandona o terreno negativo e volta a subir ao positivo, depois de o ter ocupado nas oito sessões anteriores às mais recentes quebras. O ouro sobe 0,78% para os 1.337,34 dólares por tonelada, beneficiando do seu estatuto de ativo refúgio.