Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas ganham mais de 1% após choque inicial. Juros travam subida
Depois de um início de sessão em queda, as bolsas europeias inverteram e já sobem mais de 1%. O euro - que chegou a negociar em mínimos de 20 meses - já travou a descida. Os juros seguem em alta e o petróleo em máximos de Julho de 2015.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,83% para 4.428,62 pontos
Stoxx 600 ganha 1,28% para 343,70 pontos
Nikkei desvalorizou 0,82% para 18.274,99 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 5,4 pontos base para 3,751%
Euro recua 0,26% para 1,0637 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,42% para 54,69 dólares o barril
Bolsas europeias sobem mais de 1%
Depois de terem iniciado a sessão desta segunda-feira, 5 de Dezembro, em queda ligeira, as principais praças europeias inverteram a tendência e elevaram os ganhos para mais de 1%. Isto depois de os eleitores italianos terem votado "não" no referendo sobre as reformas constitucionais, o cenário já antecipado nas sondagens e descontado nos mercados.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 1,28% para 343,70 pontos, impulsionado sobretudo pelas empresas do sector automóvel e da mineração.
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,83% para 4.428,62 pontos, animado pelas cotadas do sector do retalho, Nos e BCP. No retalho, a Jerónimo Martins ganha 1,5% para 14,57 euros enquanto a Sonae valoriza 1,82% para 78,4 cêntimos. O banco liderado por Nuno Amado soma 1,36% para 1,1736 euros e a Nos sobe 1% para 5,237 euros.
Após o referendo, juros sobem
Ao início da manhã, os juros dos países periféricos disparavam no mercado secundário depois dos eleitores italianos recusarem as propostas de reforma constitucional apresentadas pelo primeiro-ministro, o que levou à sua demissão.
Porém, à medida que a manhã avança os juros continuam a subir ainda que a registar subidas mais ligeiras. Os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida portuguesa a dez anos entre si somam 5,4 pontos base para 3,751%.
No caso da dívida italiana, os juros a dez anos crescem 7,1 pontos base para 1,973%. E os juros espanhóis crescem 1,5 pontos base para 1,558%. No caso da dívida alemã, as "yields" crescem 2,6 pontos base para 0,307%.
O prémio de risco da dívida nacional – que corresponde à diferença entre a dívida alemã e portuguesa - está nos 345,8 pontos, o valor mais elevado desde 21 de Novembro.
Já o prémio de risco da dívida italiana está nos 166,4 pontos, o valor mais baixo desde 1 de Dezembro.
Euro alivia perdas depois de mínimos de 20 meses
Após terem sido conhecidos os resultados do referendo italiano, o euro negociou em mínimos de Março do ano passado, quando tocou nos 1,0506 dólares. Porém, horas depois do desfecho deste escrutínio ser conhecido, o euro está a aliviar um pouco dessa queda, descendo 0,26% para 1,0637 dólares.
Petróleo em máximos de Julho de 2015
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais animado pela notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se prepara para reunir com países fora do cartel para garantir cortes adicionais na produção, depois do acordo da semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,5% para 51,94 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 0,42% para 54,69 dólares. Em ambos os casos, trata-se do valor mais elevado desde Julho de 2015.
Segundo fontes citadas pela Bloomberg, o encontro da OPEP com produtores não pertencentes ao cartel vai realizar-se no próximo sábado em Viena.
Ouro aproxima-se de mínimos de Fevereiro
O metal precioso está a negociar em queda, contrariando a evolução do dólar norte-americano, que segue a valorizar, após duas sessões consecutivas de perdas. Apesar de o resultado do referendo em Itália ter motivado alguma procura por activos considerados mais seguros, a perspectiva de subida dos juros nos Estados Unidos já na próxima semana está a retirar atractividade ao ouro.
O ouro desce 1,11% para 1.164,35 dólares - próximo do valor mais baixo desde Fevereiro – enquanto a prata cai 0,93% para 16,5899 dólares.