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Abertura dos mercados: Bolsas europeias recuperam de mínimos de 2016. Petróleo e juros descem
As bolsas europeias estão a recuperar de mínimos de 2016, um dia depois de os Estados-membros terem entregado as respectivas propostas de Orçamento em Bruxelas. Os juros das principais praças aliviam e o petróleo move-se no mesmo sentido, aliviando dos recentes ganhos.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,02% para 4.995,66 pontos
Stoxx 600 ganha 0,38% para 360,67 pontos
Nikkei valorizou 1,25% para 22.549,24 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,7 pontos para 1,985%
Euro ganha 0,13% para os 1,1595 dólares
Petróleo em Londres recua 0,38% para os 80,47 dólares o barril
Bolsas europeias recuperam de mínimos de 2016
As bolsas europeias estão a negociar em alta ligeira esta terça-feira, 16 de Outubro, numa altura em que os investidores aguardam pela divulgação de resultados das empresas do terceiro trimestre, e por novos desenvolvimentos de uma série de eventos geopolíticos, como a disputa entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita, depois do desaparecimento de um jornalista no consulado da Arábia Saudita, em Istambul.
Depois deter atingido ontem o valor mais baixo desde Dezembro de 2016, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,38% para 360,67 pontos.
As únicas excepções são o londrino Footsie, que recua 0,11%, e o português PSI-20, que cai 0,02% para 4.995,66 pontos, penalizado sobretudo pela Galp Energia e pela Sonae. A petrolífera recua 1% para 15,415 euros enquanto a Sonae perde 3,57% para 81 cêntimos, depois de a JB Capital Markets ter reiniciado a cobertura da cotada com a recomendação "neutral".
Juros descem na Zona Euro
Os juros da dívida estão a descer na generalidade dos países do euro, com destaque para a Itália, onde o governo de coligação chegou ontem a um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2019. A ‘yield’ associada às obrigações italianas a dez anos desce 6,0 pontos para 3,485%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a queda é de 0,9 pontos para 1,671%.
Em Portugal, os juros a dez anos recuam 1,7 pontos para 1,985%, e na Alemanha, pelo contrário, sobem 0,8 pontos para 0,511%.
Dólar derrotado pelo retalho
A "nota verde" segue uma trajectória descente influenciada pelos dados do sector do retalho, que sugerem que os consumidores estão relutantes em fazer despesa. Alguns analistas dizem que o dólar não se tem comportado como activo refúgio nos últimos tempos. O euro beneficia esta terça-feira e soma 0,13% para os 1,1595 dólares.
Tensões acalmam e petróleo desce
O barril de "ouro negro" está a desvalorizar 0,38% para os 80,47 dólares em Londres, após de duas sessões de ganhos. A matéria-prima alivia depois de a Arábia Saudita ter garantido que não teve um papel no desaparecimento do jornalista do Washington Post, abrindo caminho a um alívio nas tensões que têm feito tremer o mercado da matéria-prima.
Ouro brilha menos
O ouro brilha menos esta terça-feira. O "metal amarelo" avança 0,23% para os 1.229,89 dólares por tonelada, mas fica abaixo do máximo de três meses atingido esta segunda-feira, quando chegou aos 1.233,33 dólares por onça – atingido após a maior subida desde 2016. O ouro beneficia da correcção que se tem visto nos mercados de capitais e de uma inflação abaixo do esperado nos EUA.
(Notícia actualizada com correcção: a JB Markets não reviu em baixa a recomendação, reiniciou a cobertura da cotada Sonae SGPS)