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Abertura dos mercados: Bolsas europeias ignoram receios sobre Brexit. OPEP puxa pelo petróleo

As praças do Velho Continente não se estão a deixar afectar pelas dúvidas que persistem em torno da futura relação entre o Reino Unido e a União Europeia. Isto num dia em que o dólar está sob pressão e o petróleo está a subir nos mercados internacionais.

EPA
19 de Novembro de 2018 às 09:19
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Os mercados em números

PSI-20 valoriza 0,65% para 4.945,64 pontos

Stoxx 600 sobe 0,62% para 359,91 pontos

Nikkei subiu 0,65% para 21.821,16 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 0,04 pontos base para 1,972%

Euro ganha 0,04% para 1,1420 dólares

Petróleo sobe 0,73% para 67,25 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias ignoram receios sobre Brexit

As praças europeias estão a subir neste arranque de semana. O Stoxx 600 valoriza 0,62% para 359,91 pontos. Isto apesar de ainda dominarem as dúvidas em torno da relação entre o Reino Unido e a União Europeia após o Brexit, em Março do próximo ano.

 

Bruxelas admitiu durante o fim-de-semana prolongar até ao final de 2020 o período de transição que se iniciará com a saída do Reino Unido da União Europeia, de forma a dar mais tempo às duas partes para garantirem os acordos necessários, nomeadamente no que respeita a uma solução para a Irlanda do Norte.

 

Além disso, os investidores continuam atentos à relação entre os EUA e a China, que continua a ser dominada pela tensão provocada pelas tarifas comerciais impostas pelos dois países.

 

Por Lisboa, o índice acompanha a tendência europeia. O PSI-20 está a valorizar 0,65% para 4.945,64 pontos, à boleia dos ganhos de mais de 1% do BCP, mas também graças à Jerónimo Martins e ao sector do papel.

 

Juros da Alemanha agravam-se

Os investidores estão a afastar-se da segurança da dívida alemã. Os juros associados à dívida a dez anos estão a avançar 3 pontos base para 0,397%.

 

Em Portugal e Espanha, a taxa está a aliviar muito ligeiramente.  Os juros a dez anos estão a descer 0,04 pontos base para 1,972% na dívida portuguesa, enquanto a "yield" das obrigações do país vizinho recuam 0,02 pontos base para 1,634%. Em Itália, a tendência de alívio é mais acentuada: a taxa cai 3,4 pontos base para 3,457%.

 

Fed deixa dólar sob pressão

O dólar está a recuar ligeiramente contra o euro, com a moeda única a valorizar 0,04% para 1,1420 dólares.

 

A divisa norte-americana ficou sob pressão depois de vários responsáveis da Reserva Federal dos EUA terem expressado cautela relativamente ao crescimento global, o que levou os investidores a reavaliarem o ritmo de subida das taxas de juro do banco central.

 

Um dos responsáveis a alertar para um abrandamento do crescimento mundial foi Richard Clarida, que foi recentemente nomeado vice-presidente da Fed. O responsável afirmou que isto "será relevante" para a perspectiva sobre a economia norte-americana.

 

OPEP anima petróleo

Os preços do "ouro negro" estão a subir no arranque da semana, animados pela perspectiva de que a Arábia Saudita vai levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo a reduzir a oferta de petróleo no final do ano.

 

Neste cenário, o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, está a subir 0,73% para 67,25 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, avança 1,22% para 57,15 dólares.

 

Ainda assim, os investidores alertam que o sentimento em torno da matéria-prima continua fraco perante sinais de um abrandamento da procura devido à tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China.

 

Óleo de palma a caminho da maior queda anual em seis anos

O preço do óleo de palma está a ser penalizado pelo aumento da oferta por parte dos dois maiores produtores da matéria-prima, mas também pela procura fraca a nível mundial.

 

O óleo tropical usado para vários fins, incluindo gelados e combustíveis, deve terminar o ano em trono dos 477 dólares por tonelada métrica, caindo 20% face ao final do ano passado, de acordo com uma estimativa média de 14 traders consultados pela Bloomberg. Se se confirmar a previsão, a matéria-prima vai registar a maior queda anual em seis anos.

 

Há pouco, o preço do óleo de palma subia 1,44% para 477,20 dólares.

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