Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas europeias, euro e petróleo no vermelho
As principais praças europeias estão a negociar em terreno negativo. O euro está a desvalorizar face ao dólar, numa altura em que a perspectiva de subida dos juros suporta a evolução da moeda norte-americana.
Os mercados em números
PSI-20 recua 0,72% para 4.384,36 pontos
Stoxx 600 desce 0,34% para 339,44 pontos
Nikkei encerrou a subir 0,59% para os 17.967,41 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,5 pontos base para 3,777%
Euro cede 0,19% para 1,0605 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,77% para 46,13 dólares o barril
Bolsas europeias no vermelho
As principais praças europeias estão a negociar sem uma tendência em queda. O mercado vai estar atento nomeadamente a Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que vai estar presente no Congresso Europeu da Banca. Os investidores tentam perceber qual o rumo da política monetária. Segundo as actas da última reunião de política monetária divulgadas ontem, o BCE está preparado para aumentar os estímulos monetários em Dezembro porque a inflação está muito baixa e não dá sinais de se aproximar de 2%.
O principal índice italiano lidera as quedas na Europa, ao recuar 1,88%, seguido pelo espanhol IBEX 35, que desce 1,42%. O PSI-20 desce 0,72%, penalizado nomeadamente pela queda do BCP, Galp e CTT. O BCP recua 1,59% para 1,198 euros. A Galp desce 0,84% para 12,375 euros e os CTT perdem 3,17% para 5,655 euros.
Na Ásia, a maioria das acções terminou o dia no vermelho, depois da presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed) ter assinalado que o banco central está próximo de subir as taxas de juro. Em média as acções que compõem o Nikkei 225, que terminou a sessão a subir 0,59%, entraram em "mercado touro".
Juros em alta
Os juros da dívida pública de Portugal atingiram um novo máximo de nove meses no arranque da sessão desta sexta-feira, que volta a ser marcada pela pressão sobre os títulos de dívida dos países periféricos do euro. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avança 3,5 pontos base para 3,777%, naquela que é já a sétima sessão em oito de alta nos juros dos títulos portugueses.
Este agravamento dos juros não é um exclusivo de Portugal, com a "yield" das obrigações italianas a aumentar 3,1 pontos base para 2,125% e o juro dos títulos de Espanha a subir 6,4 pontos base para 1,656%. No caso da Alemanha, os juros a dez anos somam 2,8 pontos base para 0,308%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 344, 3pontos
A vitória de Trump nas eleições dos Estados Unidos levou a uma fuga de investidores do mercado de obrigações, devido às expectativas mais elevadas para a inflação e para o rimo de subida dos juros nos Estados Unidos. De acordo com a Bloomberg, a prestação do mercado de obrigações nas últimas duas semanas foi a pior em 25 anos.
Euro em queda
O euro está a recuar face ao dólar numa altura em que o comportamento da moeda norte-americana está a ser suportado pela expectativa dos investidores em relação às políticas de recuperação económica do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Além disso, a perspectiva crescente de uma subida dos juros por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) já em Dezembro está também a dar um impulso à moeda norte-americana. Por esta altura, o euro desce 0,19% para 1,0605 dólares e já fixou um novo mínimo desde Dezembro abaixo de 1,06 dólares.
Brent nos 46 dólares
Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais numa altura em que o dólar está a valorizar ofuscando o optimismo da Arábia Saudita. O ministro da Energia deste país, Khalid Al-Falih, apontou estar optimista que um acordo vai ser alcançado para controlar a produção e estabilizar os preços ainda este mês, de acordo com a Bloomberg.
Por esta altura, o West Texas Intermediate desce 1,10% para 44,92 dólares. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, recua 0,77% para 46,13 dólares por barril.
Dólar sobe, metais descem
A presidente da Fed sinalizou ontem que a subida dos juros pode estar para breve, o que leva a uma valorização do dólar e, por conseguinte, tornando as matérias-primas negociadas em dólares menos interessantes para os investidores. O ouro é um desses casos. O metal amarelo desce por esta altura 0,77% para 1.207,08 dólares por onça, tendo já recuado até aos 1.205,71 dólares por onça, o que representa um valor mínimo em cinco meses.
O cobre, em Londres, desceu 1,3%, liderando a queda dos metais, segundo a Bloomberg.