Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas europeias em alta. Juros e petróleo em queda
As principais praças europeias estão a negociar em terreno positivo nesta que é a penúltima sessão da semana. Os preços do petróleo estão a cair e os juros da dívida pública portuguesa estão a aliviar.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,40% para 4.444,94 pontos
Stoxx 600 ganha 0,09% para 341,07 pontos
Nikkei subiu 0,94% para 18.333,41 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 8,4 pontos para 3,593%
Euro soma 0,08% para 1,0562 dólares
Petróleo em Londres cai 0,08% para 48,91 dólares o barril
Bolsas europeias em alta
As principais praças europeias estão sobretudo a negociar com sinal mais, impulsionadas pelos ganhos dos sectores industriais. Milão lidera os ganhos ao subir 0,41%, seguido pelo PSI-20 que aprecia 0,40%. Na bolsa de Lisboa destaque para as acções do BCP (que soma 2,02% para 1,1987 euros) e para a Galp Energia (que cresce0,79% para 12,73 euros).
A excepção a este sentimento positivo, está a praça britânica, que perde 0,07%, e o índice grego, que cai 1,26%. As praças norte-americanas estão hoje encerradas por ser feriado no país.
Juros em queda
Os juros da dívida pública portuguesa estão a cair no mercado secundário depois de ontem ter ido ao mercado com uma emissão de obrigações a cinco anos. E os juros subiram na última emissão do ano. Para emitir 700 milhões de euros em obrigações do Tesouro a cinco anos, o Estado pagou um juro de 2,112%. Foi a taxa mais alta em leilões de dívida a cinco anos realizados este ano.
O valor colocado esta quarta-feira esteve perto do intervalo máximo do montante indicativo, que era de entre 500 milhões a 750 milhões de euros. Já a procura excedeu em 1,92 vezes a oferta, em linha com o último leilão semelhante, segundo dados da Bloomberg.
Por esta altura, os juros da dívida de Portugal a dez anos no mercado secundário recuam 8,4 pontos base para 3,593%. No caso da dívida alemã, na mesma maturidade, os juros descem 2,2 pontos base para 0,240%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 332,3 pontos.
Euro toca em mínimos de Março de 2015
O euro já atingiu um novo mínimo esta quinta-feira, 24 de Novembro. Apesar de a moeda europeia estar a subir 0,08% para 1,0562 dólares, esta manhã já negociou nos 1,0520 dólares. Esta cotação corresponde ao valor mais baixo desde Março do ano passado, sendo que até ontem estava em mínimos de Dezembro de 2015.
A desvalorização do euro surge numa tendência de reforço da moeda norte-americana contra as principais divisas mundiais devido à espectativa que a Reserva Federal vai subir os juros em Dezembro e poderá adoptar uma postura mais agressiva no agravamento do preço do dinheiro. As poucas dúvidas que ainda existiam sobre a subida de juros em Dezembro foram ontem dissipadas. As minutas da Fed da última reunião foram ontem reveladas e mostram que os responsáveis de política monetária dos EUA estão preparados para agravar os juros já na próxima reunião.
Petróleo em queda ligeira em tempo de incertezas
Os preços do petróleo estão a registar uma queda ligeira numa altura em que não há garantias que o acordo para a estabilização do mercado vá ser alcançado. Durante meses, como adianta a Bloomberg, a Rússia disse à OPEP que preferia congelar a sua produção de petróleo a cortá-la, caso fosse alcançado um acordo. Mas em privado o cartel acreditava que Moscovo poderia juntar-se aos membros da OPEP no corte da produção, de acordo com fontes da Bloomberg que pediram para não serem identificadas.
A questão é que a Rússia não parece mesmo disposta a reduzir a sua produção da matéria-prima. E vários membros do cartel já manifestaram estar inflexíveis: a Rússia tem de diminuir a oferta para que o plano para aliviar o excesso de oferta mundial funcione.
Mas a apenas uma semana do encontro formal ministerial da OPEP em Viena (Áustria), as probabilidades de a Rússia alinhar com o cartel não parecem muitas.
O West Texas Intermediate desce 0,06% para 47,93 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte recua 0,08% para 48,91 dólares por barril.
Ouro em queda ligeira
A cotação do ouro, para entrega imediata, regista uma queda ligeira. Por esta altura a matéria-prima cede 0,15% para 1.186,50 dólares por onça.