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Abertura dos mercados: Bolsas em queda e dólar em mínimos com fracasso da reforma da saúde nos EUA
As bolsas europeias estão a negociar com sinal vermelho em mais um dia de apresentação de resultados das empresas enquanto o dólar segue em mínimos de Setembro, numa altura em que a reforma da saúde nos EUA está praticamente condenada ao fracasso.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,08% para 5.288,31 pontos
Stoxx 600 perde 0,47% para 385,03 pontos
Nikkei desvalorizou 0,59% para 19.999,91 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,6 pontos para 3,085%
Euro ganha 0,46% para 1,1531 dólares
Petróleo em Londres cai 0,14% para 48,35 dólares o barril
Bolsas europeias no vermelho após quatro sessões de ganhos
As bolsas europeias estão a negociar em queda esta terça-feira, 18 de Julho, depois de quatro sessões consecutivas de subidas. Isto numa altura em que os investidores estão a olhar para os resultados de empresas como a Ericsson e a Novartis, e depois de a reforma da saúde nos Estados Unidos ter sido praticamente condenada ao fracasso, reforçando as dúvidas sobre a capacidade de Trump de implementar as medidas que prometeu.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,47% para 385,03 pontos, com todos os principais índices a negociarem com sinal vermelho.
Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,08% para 5.288,31 pontos, penalizado pela Galp Energia, EDP Renováveis e Nos. A petrolífera desvaloriza 0,26% para 13,52 euros, a EDP Renováveis cai 0,45% para 6,862 euros e a Nos perde 0,26% para 5,425 euros.
Juros descem na Europa
Os juros da dívida pública estão a descer na generalidade dos países do euro, depois de ter sido conhecido ontem que a taxa de inflação na região da moeda única caiu de 1,4%, em Maio, para 1,3%, em Junho.
Em Portugal, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos desce 1,6 pontos para 3,085%, enquanto em Espanha recua 2,3 pontos para 1,569%. Na Alemanha, a descida é de 1,5 pontos para 0,566% e em Itália de 3,1 pontos para 2,206%.
Dólar cai para mínimos de dez meses
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a desvalorizar pela quarta sessão consecutiva, para negociar no valor mais baixo desde Setembro de 2016.
A moeda norte-americana está a reflectir os receios de que o presidente Donald Trump não tenha capacidade para implementar as medidas que pretende, depois de mais dois senadores republicanos se terem oposto à revogação e substituição do Obamacare.
Mike Lee, do Utah, e Jerry Moran, do Kansas, mostraram-se contra o plano de reforma do líder dos Republicanos, o que, a acrescentar à oposição de Rand Paul, do Kentucky, e Susan Collins, do Maine, é suficiente para condenar a medida.
Perante isto, Mitch McConnell, líder da maioria no Senado, abandonou os esforços para fazer aprovar a legislação para substituir o Obamacare, procurando, em vez disso, um voto favorável apenas à sua revogação. No entanto, a anulação sem substituição não deverá passar no Senado.
Petróleo em queda com aumento da produção dos EUA e Líbia
O petróleo está a negociar em queda ligeira nos mercados internacionais, penalizado pelos receios em torno do aumento da produção nos Estados Unidos e na Líbia.
Em Londres, o barril de Brent desce 0,14% para 48,35 dólares, enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,22% para 45,92 dólares.
Segundo um relatório da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, a oferta dos grandes produtores de petróleo de xisto deverá subir para um novo máximo de 5,58 milhões de barris por dia, em Agosto. Já a produção da Líbia terá aumentado para 1,1 milhões de barris por dia, segundo fontes citadas pela Bloomberg.
Ouro ganha brilho com descida do dólar
O metal precioso está a negociar com sinal verde naquela que é já a sexta sessão de ganhos em sete, contrariando a evolução do dólar norte-americano, penalizado pela incapacidade de Donald Trump de dar cumprimento às suas promessas.
O ouro ganha 0,21% para 1.236,76 dólares por onça, enquanto a prata sobe 0,02% para 16,1205 dólares.