Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas e petróleo em queda. Juros portugueses em máximos de Junho
As bolsas europeias arrancaram a semana com sinal vermelho, tal como o petróleo, que cai mais de 1% em Londres. Os juros de Itália estão nos 3,5% e os portugueses em máximos de quase quatro meses, próximos dos 2%.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,49% para 5.178,59 pontos
Stoxx 600 perde 0,31% para 375,24 pontos
Nikkei encerrado devido a feriado
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,9 pontos para 1,951%
Euro recua 0,23% para 1,1497 dólares
Petróleo em Londres cai 1,11% para 83,23 dólares o barril
Bolsas europeias abrem semana em queda
As bolsas europeias estão a negociar em queda esta segunda-feira, 8 de Outubro, seguindo a tendência dos mercados asiáticos, no dia em que a bolsa da China voltou a negociar depois de uma semana encerrada devido à comemoração de feriados. As acções chinesas "acordaram" assim para a forte subida dos juros dos Estados Unidos – que penalizou as acções globais na última semana – e à desvalorização do sector tecnológico, apesar de o banco central do país ter anunciado novas medidas para estimular o crescimento. Esta segunda-feira, as obrigações dos Estados Unidos não vão negociar devido à comemoração do Dia de Colombo.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,31% para 375,24 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas do sector automóvel e retalho.
Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,49% para 5.178,59 pontos, pressionado sobretudo pelo BCP e pelas cotadas do sector da pasta e do papel.
Juros portugueses em máximos de Junho
Os juros da dívida portuguesa estão a subir em todas as maturidades pela terceira sessão consecutiva, prolongando assim a tendência iniciada na semana passada, com o sell-off das obrigações dos Estados Unidos. No prazo a dez anos, os juros estão mesmo no valor mais alto desde 14 de Junho, com uma subida de 0,9 pontos para 1,951%.
Em Espanha, o agravamento é de 1,2 pontos para 1,589% e em Itália de 8,4 pontos para 3,508%. Esta evolução acontece a uma semana de o Governo ter de enviar para Bruxelas a sua proposta de Orçamento, e depois de o líder do 5 Estrelas, Luigi Di Maio ter dado uma entrevista ao Corriere della Sera, onde diz que o Governo vai manter-se firme nas metas para 2019 e onde antecipa um verdadeiro "terramoto" em todos os países da Europa contra a austeridade.
Na Alemanha, pelo contrário, os juros descem 0,6 pontos para 0,567%.
Dólar sobe pela primeira vez em três sessões
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está a subir depois de duas sessões consecutivas de quedas, apoiado na expectativa de uma aceleração da subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana.
Isto numa altura em que a economia dos Estados Unidos dá fortes sinais de crescimento, acompanhada de uma evolução muito favorável do mercado de trabalho.
Nesta altura, o euro cai 0,23% para 1,1497 dólares.
Petróleo desce mais de 1% em Londres
O petróleo negoceia em queda nos mercados internacionais, depois de a Arábia Saudita ter dito que poderá compensar qualquer quebra da oferta decorrente das sanções sobre o Irão, o que está a aliviar as preocupações em torno da diminuição da quantidade de matéria-prima disponível no mercado.
Em Nova Iorque, o WTI cai 0,87% para 73,69 dólares, enquanto em Londres, o Brent desvaloriza 1,11% para 83,23 dólares.
Ouro e prata em queda
O metal amarelo está a desvalorizar, contrariando a evolução do dólar norte-americano, devido aos bons sinais da economia dos Estados Unidos, que viu o desemprego descer para mínimos de 1969, nos 3,7%, aumentando a expectativa de uma aceleração da subida dos juros da Fed. Juros mais elevados retiram atractividade ao ouro, o que está a contribuir para a sua desvalorização.
O ouro desce 0,63% para 1.196,09 dólares, enquanto a prata recua 1,16% para 14,4637 dólares.