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Abertura dos mercados: Bolsas e euro sobem à espera do BCE
Os mercados estão à espera do final da reunião do BCE para perceberem se o programa de compra de activos vai ser prolongado. Itália continua também a dominar as atenções. O arranque do dia está a ser marcado pela subida generalizada dos activos: bolsas, euro, juros, petróleo.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 1,04% para 4.621,37 pontos
Stoxx 600 avança 0,26% para 348,59 pontos
Nikkei apreciou 1,45% para 18.765,47 pontos
"Yield 10 anos de Portugal sobe 2,5 pontos base para 3,538%
Euro ganha 0,31% para 1,0786 dólares
Petróleo sobe 0,19% para 53,10 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias à espera do BCE
Os investidores estão expectantes em relação à decisão do Banco Central Europeu (BCE). O presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, começa a falar às 13:30. Até lá os investidores vão aguardar. Vai ou não prolongar o programa de compra de dívida? Esta é a questão que está a condicionar a negociação dos mercados.
O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 0,26%. Destaque para a praça italiana, não pela dimensão dos ganhos, mas pela expectativa que também se gerou em torno da banca. Mais precisamente em torno do Monte dei Paschi e de um resgate público que estará a ser preparado. Ainda ontem foi pedido ao BCE que dê mais tempo ao banco para realizar a recapitalização, numa altura em que o contexto político do país é adverso a operações deste género.
Na bolsa nacional, o PSI-20 está a subir 1,04%, impulsionado pelos ganhos da Jerónimo Martins, da Nos e do BCP.
BCE e Itália condicionam juros
O mercado de dívida continua condicionado pela decisão do BCE em torno da extensão do programa de compra de dívida e pela situação italiana. Depois de o referendo sobre as alterações à Constituição ter ditado a vitória do "não", a especulação em torno do futuro político do país disparou. Com alguns a fazerem cenários que apontavam, no pior caso, para uma saída de Itália da Zona Euro no médio prazo. Os ânimos acalmaram, mas a incerteza quanto ao futuro do país prevalece e continua a condicionar a negociação dos mercados. Assim, os juros associados à dívida a 10 anos portuguesa estão a subir 2,5 pontos base para 3,538%. Já as bunds estão a crescer 0,3 pontos para 0,350%, elevado o "spread" da dívida nacional para 318,7 pontos.
Euro aguarda pelo BCE
Não se prevê que as taxas de juro fixadas pelo BCE mudem, pelo que o diferencial de juros praticados nos dois lados do Atlântico deverá aumentar, já que a Reserva Federal (Fed) dos EUA deverá anunciar um aumento do preço do dinheiro já na reunião de Dezembro. Assim, os investimentos realizados em dólares começam a ter um retorno mais atractivo face aos denominados em euros. Esta quinta-feira, a moeda única europeia está até a subir 0,31% para 1,0786 dólares, com os investidores a aguardarem pelo fim da reunião do BCE.
OPEP continua a impulsionar o petróleo
Os preços do petróleo continuam em alta, ainda a beneficiar do acordo alcançado no seio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sobre o corte de produção (que será implementado a partir de Janeiro), mas também porque se criou a expectativa que a OPEP vai também chegar a acordo com os países que estão fora do cartel, como o caso da Rússia, para que se reduza mais a produção de petróleo. Assim, o Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a avançar 0,19% para 53,10 dólares por barril.
Ouro sobe à boleia do BCE
O ouro está a beneficiar da expectativa de que o BCE mantenha o ritmo de compras de activos nos 80 mil milhões de euros por mais seis meses. O ouro sobe 0,22% para 1.176,55 dólares por tonelada métrica. "Maiores estímulos monetários do BCE podem ser encarados pelos mercados como um sinal de previsões fracas", o que impulsiona estes activos considerados refúgio.