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Abertura dos mercados: Apoio dos EUA a protestos em Hong Kong coloca bolsas no vermelho e juros em queda

As bolsas estão a ser pressionadas pela renovada tensão entre a China e os Estados Unidos, desta vez devido a Hong Kong. O petróleo também está a ser pressionado, enquanto a fuga ao risco beneficia as obrigações europeias, o dólar e o ouro.

Justin Lane/EPA
20 de Novembro de 2019 às 09:20
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,74% para 5.221 pontos

Stoxx 600 recua 0,53% para 403,37 pontos

Nikkei desvalorizou 0,62% para 23.148,57 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3,9 pontos base para 0,325%

Euro recua desce 0,14% para 1,1062 dólares

Petróleo em Londres cai 0,87% para 60,38 dólares por barril 

 

Bancos e petrolíferas penalizam bolsas

O Stoxx600 desce 0,53% para 403,37 pontos, na terceira sessão consecutiva de quedas que afasta este índice europeu dos máximos de maio de 2015 que atingiu na semana passada. A tendência é de queda quase generalizada, embora os bancos e as produtoras de petróleo estejam a pressionar os índices de forma mais intensa. O Stoxx Banks desce 1,48% e o Stoxx Oil & Gas cede 1,46%,

 

O sentimento negativo deve-se sobretudo a mais um revés na expectativa de ser em breve selado o acordo comercial parcial entre a China e os Estados Unidos. O Senado norte-americano aprovou legislação que coloca os EUA ao lado dos protestantes em Hong Kong, o que está a causar mal-estar em Pequim e pode mesmo vir a revelar-se um empecilho relevante nas negociações que decorrem entre as duas maiores economias do mundo.

 

O vice-presidente Mike Pence alertou ontem que dificilmente os EUA assinam um acordo com a China caso a China responda com violência aos protestos que duram há várias semanas em Hong Kong.

 

A China reagiu horas depois de o Senado ter aprovado a referida legislação, afirmando que "condena fortemente e opõe-se firmemente" à interferência dos Estados Unidos nesta matéria.

 

Além do cenário mais complicado na frente comercial, os dados fracos que foram ontem apresentados pelas retalhistas norte-americanas e a queda mais forte do que o esperado nas exportações japonesas reforçam a ideia de que a guerra comercial está a penalizar a economia global.

 

Em Lisboa o PSI-20 (-0,74% para 5.221 pontos) segue o desempenho negativo e desvaloriza pela sexta sessão, com o índice português a ser penalizado sobretudo pelo BCP e Galp Energia.

 

Juros descem com fuga ao risco

Com os investidores a saírem dos ativos de maior risco, como as ações, o mercado de dívida soberana europeia volta a ser beneficiado, embora as taxas de juro ainda permaneçam algo distantes dos mínimos históricos fixados no mês passado. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 3,9 pontos base para 0,325%, continuando mais de 5 pontos base abaixo das congéneres espanholas (-3,5 pontos base para 0,387%). Na dívida de referência europeia, a "yield" das obrigações alemãs cedem 4,1 pontos base para 0,384%.

 

Dólar e iene avançam

O dólar é outro dos ativos que beneficia com a fuga ao risco. O índice que mede a relação do dólar com as principais divisas mundiais aprecia 0,1% e o euro desce 0,14% para 1,1062 dólares. A moeda japonesa, que também é vista como um ativo de refúgio no mercado cambial, valoriza 0,1% para 108,42 ienes por dólar.

 

Aumento de stocks coloca petróleo em mínimo de duas semanas

O petróleo está a prolongar a queda sofrida na terça-feira devido aos sinais de aumento dos inventários da matéria-prima nos Estados Unidos. O American Petroleum Institute revelou um aumento de 5,95 milhões de barris nos stocks de petróleo na semana passada, o que indicia um excesso de oferta no mercado para a procura atual.

 

Este dado, aliado aos desenvolvimentos negativos na frente comercial, está a provocar uma queda de 0,87% para 60,38 dólares no Brent negociado em Londres e uma desvalorização de 0,69% para 54,83 dólares no WTI em Nova Iorque. As cotações tinham descido mais de 3% na terça-feira, o que representou a descida mais forte desde o final setembro.

 

Ouro beneficia com saída das ações

É já um clássico em dias de quedas marcadas nos mercados acionistas com os investidores a fugirem do risco. O ouro é o ativo de refugio predileto e esta quarta-feira regressa aos ganhos, embora continue algo longe dos máximos acima de 1.500 dólares que fixou recentemente.

O ouro valoriza 0,2% para 1.475,65 dólares a onça no mercado à vista em Londres.

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