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Stoxx 600 perto de apagar ganhos deste ano pressionado pela "earnings season"
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Stoxx 600 perto de apagar ganhos deste ano pressionado pela "earnings season". Lisboa em contramão
A Europa fechou no vermelho. Os relatórios e contas que chegaram à mesa dos investidores ficaram abaixo do esperado.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 recuou 0,84% para 429,58 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, bens alimentares, artigos para o lar e media lideraram as perdas.
Neste momento, o Stoxx 600 está perto de anular os ganhos no acumulado do ano, tendo valorizado desde o início de janeiro apenas 1,1%.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt recuou 0,30%, Paris derrapou 1,36% e Londres desvalorizou 0,86%.
Amesterdão caiu 0,7%, Milão cedeu 0,8% e Madrid caiu 0,5%. Por cá, a bolsa de Lisboa fechou a sessão em contramão, a renovar máximos de 2018, ao valorizar 0,46%.
Os investidores estiveram atentos aos títulos da Sanofi, os quais tombaram 18,93%, depois daquele que foi visto como um "guidance" surpresa para 2024. A farmacêutica prevê uma queda dos resultados no próximo ano, o que ofuscou a anúncio de "spin-off" da unidade de consumidores.
O NatWest afundou 11,42%, depois de cortar nas previsões. O corte no "guidance" também levou a Remy Contreau a derrapar 11,49%.
Por fim, seguindo a tendência de alguns dos seus pares no que diz respeito aos resultados trimestrais apresentados durante esta época de resultados, a empresa italiana do segmento de luxo Moncler reportou contas que ficaram abaixo do esperado, levando as ações a cair 6,65%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, num dia em que o mercado acionista do bloco negoceia no vermelho. Os investidores mantêm-se atentos à "earnings season". Esta semana várias empresas apresentaram resultados abaixo do esperado.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 2,7 pontos base para 2,831%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade recuam 3,8 pontos base para 3,481%.
A rendibilidade dos títulos espanhola que vence em 2033 cede 4,1 pontos base para 3,922%.
A "yield" da dívida italiana a 10 anos subtrai 6,2 pontos base para 4,802%.
Escalada no Médio Oriente centra atenções. Petróleo sobe
Os receios de uma escalada no Médio Oriente estão a impulsionar os preços do petróleo, dado que uma escalada do conflito em Israel podia levar a disrupções no fornecimento de crude. Estes receios foram agravados depois de ter sido noticiado que as forças armadas norte-americanas atingiram alvos iranianos que estavam alojados na Síria.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para Nova Iorque, sobe 0,99% para 84,03 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valoriza 0,94% para 88,76 dólares por barril.
Ainda a centrar atenções, estão declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano que afirmou, nas Nações Unidas esta quinta-feira, que se a ofensiva de Israel contra o Hamas não parar, os Estados Unidos "não vão ser poupados".
Entretanto, as forças israelitas levaram a cabo o seu maior ataque terrestre a Gaza desde o início da guerra contra o Hamas. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu disse que as tropas israelitas ainda se estão a preparar para uma ofensiva terrestre a todo o território de Gaza.
Apesar destes desenvolvimentos não terem um impacto direto no fornecimento de crude, levantam receios de que este conflito se possa espalhar, principalmente ao Irão, um dos grandes fornecedores petrolíferos da região - foi o oitavo maior produtor de crude no ano passado, segundo dados compilados pela Visual Capitalist.
"Permanece incrivelmente difícil, mesmo para os observadores regionais com maior conhecimento fazer afirmações de grande convicção sobre a trajetória da atual crise, uma vez que as linhas vermelhas que podiam trazer mais intervenientes para o conflito permanecem em grande parte indiscerníveis", explicou à Reuters a analista Helima Croft da RBC Capital.
Indicador da inflação preferido da Fed abaixo do esperado penaliza dólar
O dólar está a desvalorizar face ao euro e divisas rivais. Os investidores estão a avaliar os dados "core" do índice de despesas do consumidor (PCE) norte-americano - apontado pelos especialistas como o indicador preferido da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) para a definição da sua política monetária - que subiu 3,7%, em setembro. Este valor mostra um abrandamento face aos 3,9% registados em agosto.
O dólar cai 0,15% para 0,9453 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - desce 0,17% para 106,423 dólares.
"A inflação subjacente continua a perder força", disse Jeffrey Roach, analista da LPL Financial, acrescentando que "esta leitura provavelmente não vai mudar a visão da Fed de que os preços vão descer nos próximos meses à medida que a procura vai desacelerando".
Ouro inalterado com investidores focados no Médio Oriente e na Fed
O ouro está a negociar praticamente inalterado, numa altura em que os investidores vão avaliando a subida das "yields" da dívida norte-americana, bem como os receios em torno do conflito no Médio Oriente, que levam os investidores para ativos mais seguros.
O ouro cede 0,03% para 1.984,09 dólares.
"O ouro tem estado a consolidar-se num intervalo de preços, mantendo quase todos os ganhos recentes, dado que o mercado continua extremamente preocupado com uma conflagração no Médio Oriente", disse à Reuters Tai Wong, "trader" analista independente de metais.
Os investidores deverão agora centrar atenções na reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, que se realiza na terça e quarta-feira da próxima semana. A expectativa do mercado está em 98% da Fed deixar as taxas de juro inalteradas.
Wall Street arranca mista dividida entre a Fed e a "earnings season"
Wall Street arrancou a última sessão da semana de forma mista, depois de os mais recentes dados macroeconómicos não terem alterado a perspetiva de uma nova pausa no ciclo de subida dos juros diretores, durante a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana agendada para a próxima semana. Paralelamente, a sessão está a ser influenciada pela época de resultados.
O "core" do índice de preços das despesas do consumidor, considerado uma "medida-chave" da Fed no que diz respeito à inflação, aumentou 0,3% setembro, em linha com as estimativa do Dow Jones, citadas pela CNBC.
O industrial Dow Jones cai 0,17% para 32.728,17 pontos, enquanto o S&P 500 sobe 0,19% para 4.145,06 pontos.
Depois de cair esta semana abaixo dos 4.200 pontos – um nível técnico importante para o mercado – o "benchmark" mundial corre o risco de cair 5% face ao nível atual (4.137,23 pontos), segundo o Bank of America, citado pela Bloomberg.
A queda pode acabar na média móvel a 200 dias dos 3.941 pontos, uma fasquia que a estatística ensina ser um ponto de suporte a longo prazo, à exceção do que aconteceu na crise das "dot-com" em 2000, durante a crise financeira em 2008 e 2009 e durante a pandemia, em 2020.
Já o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,19% para 12.700,47 pontos.
Além da política monetária, também a "earnings season" está a centrar a atenção dos investidores. Neste momento, mais de dois terços das cotadas do S&P 500 está a negociar abaixo da média móvel a 200 dias, sendo um sinal de que os títulos estão a ser pressionados pelos fracos resultados apresentados por várias empresas, de acordo com a análise da Bloomberg Intelligence.
As ações da Amazon sobem 1,63%, depois de resultados que ficaram acima das estimativas dos analistas.
A Tesla soma 1,34%, depois de aumentar o preço do model Y na China, que tinha sido cortado no verão. A Intel escala 10,87%, impulsionada pelo "guidance" para o quarto trimestre.
Já a Ford desliza 7,84%, depois de os resultados trimestrais terem ficado abaixo das expectativas dos especialistas.
O JP Morgan cai 0,10%, pressionado pelo anúncio de que o CEO Jamie Dimon vai vender mais de 10% do total de ações que detém do banco, depois de este ter reportado um aumento dos lucros. É a primeira vez que o gestor realiza uma transação deste tipo, desde que assumiu a liderança da instituição financeira há 18 anos.
Europa abre mista com "earnings season" em foco
As bolsas europeias abriram mistas, num dia em que resultados corporativos na região abaixo do esperado continuam a desiludir os investidores.
O Stoxx 600, referência para a região, perde 0,15% para 432,55 pontos, com o setor dos media a liderar as quedas (-1,12%). Já o setor do petróleo & gás é o que mais sobe (1,25%), à boleia de preocupações renovadas quanto a um alastramento do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas ao resto da região do Médio Oriente.
Entre as principais movimentações, a farmacêutica Sanofi cai 15,52% para 84,87 euros por ação, depois de ter apresentado contas do terceiro trimestre abaixo do esperado. As vendas da empresa caíram 4,1% para 11,96 mil milhões de euros. Além disso, a companhia francesa reviu em baixa as perspetivas para o próximo ano, esperando agora uma queda das receitas, devido a um aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e juros elevados. O "outlook" da Sanofi ficou 9% abaixo do esperado pelos analistas, segundo a Bloomberg.
O banco estatal britânico NatWest também abriu no vermelho, com as ações a caírem 9,28%, após ter cortado a previsão para as margens.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 subiu 0,3%, o italiano FTSE Mib somou 0,2%, o espanhol Ibex 35 valorizou 0,59%, o francês CAC-40 caiu 0,7% e o AEX, em Amesterdão, subiu 0,32%.
Juros aliviam na Zona Euro. Só "yield" da dívida portuguesa agrava
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, o que significa uma maior aposta dos investidores nas obrigações. Isto um dia depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter mantido as taxas de juro inalteradas após 10 aumentos consecutivos, em linha com o que já era esperado,
Apenas Portugal vê os juros da dívida com maturidade a dez anos agravarem-se, com a "yield" a subir 0,2 pontos base para 3,521%.
A "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo aliviam 0,5 pontos base para 2,853% e os juros da dívida soberana italiana cedem 2,7 pontos base para 4,837%.
Já a rendibilidade da dívida francesa desce 1 ponto base para 3,476% e os juros da dívida pública espanhola recuam 1,2 pontos base para 3,952%.
Apesar da maior procura por obrigações, os investidores mostram também algum apetite pelo risco, com as bolsas europeias a negociarem mistas.
Ouro valoriza à boleia de dólar mais fraco antes de indicador nos EUA
O ouro está a valorizar, impulsionado pelo dólar, que está a desvalorizar antes da divulgação de novos indicadores económicos nos Estados Unidos. A perda de robustez da divisa norte-americana tende a beneficiar o metal precioso que, por ser cotado em dólares, se torna mais atrativo para quem compra com moedas estrangeiras.
O ouro a pronto (spot), negociado em Londres, sobe 0,11% para 1.986,97 dólares por onça, o paládio soma 0,52% para 1.140,3 dólares e a platina soma 0,46% para 910,29 dólares.
O dólar cai ligeiramente num dia em que os investidores aguardam pela divulgação do índice de despesas do consumidor nos Estados Unidos, que é apontado pelos especialistas como sendo o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) norte-americana para definir a política monetária.
Ainda assim, apesar da queda do dólar, o euro está a perder ligeiramente face à moeda norte-americana, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter as taxas de juros inalteradas.
A moeda única europeia perde 0,07% para 1,0556 dólares.
Já face à divisa do Japão, que é também vista como um ativo-refúgio, o dólar desliza 0,13% para 150,2 ienes.
Petróleo sobe com foco novamente no Médio Oriente
O petróleo está a valorizar, num dia em que os Estados Unidos atingiram duas instalações na Síria ligadas a milícias apoiadas pelo Irão. O mais recente desenvolvimento voltou a dar força às preocupações dos investidores de que a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas poderá alastrar-se ao resto do Médio Oriente, o que poderá levar a uma disrupção do fornecimento de crude.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para Nova Iorques, sobe 1,31% para 84,3 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valoriza 1,27% para 89,05 dólares por barril.
O petróleo tem negociado ao sabor das tensões geopolíticas no Médio Oriente desde o ataque do grupo Hamas a Israel, no início de outubro. O ataque dos EUA esta sexta-feira - que será o primeiro desde o dia 7 deste mês - e os sinais de que a invasão terrestre de Israel à Faixa de Gaza está iminente vão manter os investidores e os países produtores de petróleo em alerta, uma vez que a região do Médio Oriente concentra um terço do fornecimento global de petróleo.
O Irão já alertou que os Estados Unidos não ficarão ilesos se o conflito entre Israel e o Hamas se alastrar.
Europa aponta para o verde e Ásia fecha com ganhos
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, num dia em que os investidores digerem os mais recentes dados económicos e os resultados de algumas das maiores empresas tecnológicas, que ontem levaram Wall Street ao vermelho.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,3%.
Na Ásia, a negociação fechou em terreno positivo, com os investidores mais otimistas após a divulgação de dados económicos na China. Além disso, aumenta a expectativa de que os resultados sólidos por parte de algumas das maiores tecnológicas poderá dar um impulso às ações.
Os índices japoneses e o Hang Seng foram os que mais valorizaram na Ásia, mas também na China Continental a sessão fechou com ganhos, à boleia de dados que mostram um crescimento dos lucros nas empresas industriais do país.
Pela China, Xangai subiu 1,22%, em Hong Kong, o Hang Seng somou 2,31%. No Japão, o Topix avançou 1,37% e o Nikkei valorizou 1,27%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,18%.
Os investidores estão hoje de olhos postos na divulgação do índice de despesas do consumidor (PCE) nos Estados Unidos, que é apontado pelos especialistas como sendo o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) norte-americana para a definição da política monetária.
Um crescimento do PIB norte-americano acima do esperado no terceiro trimestre (4,9%), uma queda menos terrível dos lucros industriais na China e resultados líquidos acima do esperado das tecnológicas "estão a transformar-se num muito aguardado alívio para os investidores", afirmou Hebe Chen, analista na IG Markets, em declarações à Bloomberg.