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Abertura dos mercados: Bolsas, petróleo e euro em terreno negativo
As bolsas europeias iniciaram a sessão em terreno negativo, uma tendência que é acompanhada pela praça de Lisboa. A pressionar o PSI-20 está o BCP e a Galp.
Os mercados em números
PSI-20 cai 1,20% para 5.064,28 pontos
Stoxx 600 perde 0,70% para 338,80 pontos
Nikkei perdeu 0,71% para 16.758,67 pontos
Juros da dívida portuguesa a 10 anos avançam 2,1 pontos base para 2,961%
Euro recua 0,03% para 1,1334 dólares
Petróleo cai 0,66% para 39,00 dólares por barril em Londres
Bolsas no vermelho
As bolsas europeias abriram em queda, acompanhando o sentimento negativo de fecho das praças asiáticas. As praças do Velho Continente recuam numa altura em que o petróleo segue também a cair, com o Brent de Londres, preço de referência para as importações europeias, a negociar nos 39 dólares por barril.
O Stoxx 600 recua 0,70%, o germânico DAX perde 0,48%, numa altura em que o PSI-20 cai 1,20% para 5.064,28 pontos.
A pressionar o principal índice nacional está o BCP e a Galp. O banco afunda 4,92% para 3,67 cêntimos por acção, enquanto a petrólífera recua 1,36% para negociar nos 11,255 euros.
Juros da dívida a 10 anos abaixo dos 3%
Os juros da dívida soberana a 10 anos avançam 2,1 pontos base no mercado secundário, para 2,961%. A tendência é acompanhada pela "yield" espanhola, que soma 0,7 pontos base para 1,435% para a mesma maturidade. Os juros da dívida soberana alemã a 10 anos recuam 0,7 pontos base para 0,149%.
Efeito "Yellen" sustenta euro
O dólar continua a ser pressionado pelas declarações de Jannet Yellen, líder da Reserva Federal norte-americana, o que sustenta o euro. A moeda-única europeia cai 0,03% para 1,1334 dólares.
"Considero apropriado que o Comité [Federal do Mercado Aberto, ou FOMC] proceda cautelosamente no ajustamento da política monetária", defendeu Janet Yellen, a 29 de Março, num fórum em Nova Iorque.
Petróleo em queda após novo aumento das reservas
O preço do petróleo segue em queda nos mercados internacionais após um novo aumento das reservas de crude nos Estados Unidos. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cai 1,07% para 37,91 dólares, e o barril de Brent, transaccionado em Londres, recua 0,66% para 39,00 dólares.
Dados da Administração de Informação de Energia, divulgados esta quarta-feira, mostram que os "stocks" aumentaram em 2,3 milhões de barris na semana passada para um total de 534,8 milhões. Esta é a sétima semana consecutiva de aumento das reservas norte-americanas.
Ouro soma como activo de refúgio
A matéria-prima avança 0,23% para 1.227,87 dólares. O ouro cimentou o seu estatuto como activo de refúgio num ano marcado turbulência dos mercados e numa altura em que há receios sobre o crescimento da economia global.
A impulsionar a matéria-prima estão ainda as declarações de Jannet Yellen, líder da Reserva Federal norte-americana que defendeu que o banco central deve proceder de forma cautelosa na subida de juros, o que pressiona o dólar, considerado também um activo de refúgio.
Destaques do dia
Novo Banco tem a receber 317 milhões de Angola. Vence a 30 de Abril um dos dois créditos que o Novo Banco tem sobre o Banco Económico, sucessor do BES Angola. Em causa estão 317 milhões de euros, que a instituição espera recuperar na íntegra. Faltam outros 317 milhões.
Resultados dão margem para ganhos à bolsa nacional. A melhoria dos resultados das cotadas nacionais nos últimos trimestres deixou o preço das acções atractivo face às pares europeias e à média histórica. Avaliações que deverão dar suporte para ganhos às cotadas.
Memorando do papel comercial abre portas a outras entidades. Até Maio, deverá haver uma solução para pagar o papel comercial do BES. De onde ele vem, não se sabe. O memorando fala em minoração de perdas. Os lesados querem uma "solução equitativa".
Comprar o NB faz sentido, mas os analistas duvidam que o BCP consiga. O banco liderado por Nuno Amado teria de aumentar capital em mais de quatro mil milhões de euros para entrar na consolidação do sector financeiro nacional, estima o Haitong.
O que vai acontecer hoje
Alemanha. Taxa de desemprego relativa a Março
Zona Euro. Índice de preços no consumidor relativo a Março.
Estados Unidos. Novos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 26 de Março.
Espanha. Data agendada para possível revisão do "rating" pela Standard & Poor's