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Abertura dos mercados: Bolsas e euro em alta. Petróleo em queda

As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo, subindo mais de 1%, numa altura em que os investidores aguardam pela a decisão da Fed em relação às taxas de juro. Os preços do petróleo estão a cair.

Bloomberg
15 de Dezembro de 2015 às 08:34
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Os mercados em números

PSI-20 soma 1,42% para 5.094,29 pontos

Stoxx 600 avança 1,16% para 353,59pontos

Nikkei desceu 1,68% para 18.565,90 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos desce 2,3 pontos base para 2,507%

Euro soma 0,38% para 1,1034 dólares

Petróleo em Londres desvaloriza 0,63% para 37,68 dólares o barril

Bolsas europeias em alta

As principais praças do Velho Continente arrancaram a sessão em terreno positivo numa altura em que a atenção dos investidores está voltada para o encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). O encontro da autoridade monetária norte-americana começa esta terça-feira e termina amanhã. Do encontro poderá sair a decisão de subir as taxas de juro o que, a acontecer, representa a primeira subida desde 2006.

A liderar os ganhos na Europa está o índice francês CAC 40, que soma 1,72%, seguido do principal índice italiano que avança 1,55%. O PSI-20 cresce 1,42%.

Juros a dez anos nos 2,5%

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a descer ligeiramente em todos os prazos. Na maturidade a dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" cedem 2,3 pontos base para 2,507%. Esta evolução tem lugar um dia antes de Portugal ir ao mercado com uma emissão de bilhetes do Tesouro. E no dia em que o Negócios escreve que os juros da dívida voltarão a cair em 2016 com a ajuda do Banco Central Europeu.

Entre os restantes países periféricos verifica-se também uma descida das taxas exigidas pelos investidores para trocarem dívida entre si. No caso da Alemanha, por outro lado, os juros estão a subir ligeiramente. A dez anos somam 1,8 pontos base para 0,592%. O prémio de risco da dívida portuguesa está nos 190,5 pontos.

Euro nos 1,10 dólares

A moeda europeia está a ganhar terreno face ao dólar. A divisa norte-americana está a ser penalizada pela especulação que os ganhos anuais do dólar deixam a moeda vulnerável no curto prazo, isto numa altura em que os investidores estão a preparar-se para uma eventual subida das taxas de juro por parte da Fed. O euro avança 0,38% para 1,1034 dólares.

 

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão a descer nos mercados internacionais. A marcar a negociação do "ouro negro" está o facto de o Congresso dos Estados Unidos estar a tentar avançar para um acordo que permita que as exportações de petróleo ocorram sem restrições, o que acontece pela primeira vez em 40 anos, de acordo com a Bloomberg. Ainda a marcar a negociação da matéria-prima está o facto de o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Emmanuel Ibe Kachikwu, admitir que o cartel poderá ter de marcar "uma reunião de urgência" se os preços do petróleo não recuperarem até Fevereiro de 2016. Ontem, o crude, negociado em Nova Iorque, negociou abaixo dos 35 dólares, o que representa um mínimo de 2009.

Por esta altura, o West Texas Intermediate desce 0,61% para 36,09 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, recua 0,63% para 37,68 dólares por barril.

Ouro em alta à espera da Fed

Os preços do ouro estão a subir numa altura em que os investidores aguardam pela conclusão do encontro de dois dias da Fed e aguardam para saber se desta reunião sai a decisão de subir as taxas de juro. A cotação do ouro, para entrega imediata, soma 0,28% para 1.062,84 dólares por onça.


Destaques do dia

Juros da dívida voltam a cair em 2016 com a ajuda do BCE. Mario Draghi decepcionou com estímulos que ficaram aquém do previsto. Mas os efeitos benéficos continuarão a fazer-se sentir, dizem os analistas, pelo que os juros de Portugal vão recuar. Além disso, o BCE poderá ser obrigado a reforçar as medidas.

Por que é que a CMVM e a Euronext não suspendem as acções do Banif? Os receios de uma intervenção no Banif atiraram as acções para novos mínimos históricos, apesar de o banco e o Governo terem afastado este cenário. Numa altura de forte oscilação dos títulos, CMVM e bolsa mantêm-se em contacto com o banco.

Banif sob pressão abre porta a intervenção urgente. A gestão do Banif insiste no processo de alienação em curso, que já prevê a venda do banco às fatias. A pressão dos clientes e do mercado abre a porta a uma intervenção urgente. Venda rápida será cenário admitido. Governo está a acompanhar a situação.

 

Banif: Resolução feita em 2015 salva todos os depósitos. No caso de ser necessário aplicar uma medida de resolução ao Banif ainda este ano, todos os depósitos estarão salvaguardados. Apenas a partir de Janeiro podem estar em risco as poupanças acima de 100 mil euros.

Salário mínimo pode chegar até meio milhão de pessoas. Cálculos baseados na retribuição base sugerem que entre 480 mil e 515 mil trabalhadores podem passar a receber o mínimo, com a subida para 530 euros, mas o número é muito mais baixo se for tido em conta outro critério. Discussão volta hoje a concertação social.


O que vai acontecer hoje

Alemanha. Índice ZEW, que mede a confiança dos investidores, relativo a Dezembro [anterior: 54,4 pontos; estimativa: 54,1 pontos].

Reino Unido. Índice de preços nos consumidores, relativo a Novembro [anterior (homólogo): -0,1%; estimativa: 0,0%].

INE. Actividade turística, relativa a Outubro.

EUA. Índice de preços nos consumidores, relativo a Novembro [anterior (homólogo): 0,2% ; estimativa: 0,5%].

(Notícia actualizada às 8h46 com informação relativa ao petróleo e ao ouro)

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