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Abertura de mercados: Bolsas europeias sem tendência definida a olhar para a Grécia. Petróleo em alta antes da OPEP

As bolsas europeias sem uma tendência definida, depois da reunião de vários líderes europeus. Merkel, Hollande, Lagarde, Draghi e Juncker debateram a situação na Grécia. Já o petróleo negoceia em alta antes da reunião da OPEP de sexta-feira.

02 de Junho de 2015 às 08:42
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Os mercados em números


PSI-20 sobe 0,31% para 5.855,83 pontos
Stoxx Europe 600 desce 0,03% para 400,43 pontos
IBEX-35 avança 0,49% para 11.129,33 pontos
Taxa de juro a dez anos de Portugal recua 0,9 pontos base para 2,730%
Euro está a subir 0,41% para 1,0972 dólares 
Brent do Mar do Norte ganha 0,68% para 65,32 dólares


Bolsas europeias em terreno misto

 

As bolsas europeias abriram em terreno misto a sessão desta terça-feira, com o Stoxx 600 a negociar em baixa, ao recuar 0,03% para 400,43 pontos, a par de Frankfurt (-0,08%) e de Paris (-0,08%). Em sentido contrário, seguem Madrid (0,49%) e Londres (0,05%) que negoceiam em alta.

 

Os mercados vão continuar atentos à situação na Grécia esta terça-feira, a três dias da data para a Grécia efectuar o primeiro de quatro pagamentos em Junho ao Fundo Monetário Internacional (FMI). 

 

As conversações entre entre Atenas e as instituições internacionais continuam e, nesse âmbito, cinco líderes europeus estiveram reunidos na segunda-feira à noite, com a situação na Grécia em cima da mesa.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e os líderes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reuniram-se em Berlim.

 

Na reunião foi feito um balanço das conversações com Atenas e os líderes decidiram prosseguir esta análise com "mais intensidade" e manterem-se em contacto "nos próximos dias", "tanto entre si, como com o Governo grego".

 

"Yields" negoceiam com tendência mista

 

As taxas de juro das obrigações soberanas estão a negociar com diferentes tendências nos países da Zona Euro. Mais a Sul, a taxa de juro da dívida de Portugal a 10 anos recua 0,9 pontos base para 2,730%, enquanto que na Grécia desce 6,2 pontos para 11,436%. Mais a Norte, as taxas seguem em sentido contrário. O bund alemão sobe 2,7 pontos para 0,517%, enquanto em França a taxa avança 1,9 pontos para 0,882%.

 

Euro avança

 

A moeda única está a ganhar 0,41% para 1,0972 dólares esta terça-feira. A impulsionar o euro está a incerteza em relação ao futuro da Grécia. A moeda única já perdeu mais de 9% do seu valor desde o início do ano.

 

Petróleo em alta

 

O petróleo está a valorizar na sessão desta terça-feira. O preço do barril avança 0,68% para 65,32 dólares em Londres, enquanto soma 0,66% para 60,60 dólares em Nova Iorque.

 

Os mercados estão à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que vai ter lugar esta semana em Viena, na Áustria. Responsáveis por 30% da produção mundial de petróleo, a OPEP deverá manter a sua quota de produção, segundo a maioria dos correctores e analistas consultados pela Bloomberg.

 

À chegada à capital austríaca na segunda-feira, o ministro saudita do petróleo previu que a "procura na segunda metade do ano vai ser melhor do que a actual", disse Ali al-Naimi citado pela Bloomberg. Os 12 países da OPEP ultrapassaram em Maio a sua quota de produção mensal pelo 12º mês consecutivo.

 

Ouro em queda

 

O ouro está a desvalorizar esta sessão e recua 0,11% para 1,187,94 dólares por onça. A descida do ouro acontece com a subida do dólar para o seu nível mais elevado em mais de seis semanas, com a especulação que a Reserva Federal vai aumentar as taxas de juro até ao final deste ano. 

 

Destaques do dia


Dividendos abrandam escalada da bolsa de Lisboa. O PSI-20, que só tem 18 empresas, já esteve a ganhar mais de 30%. Avança, agora, pouco mais de 20%, depois de um mês marcado pelo destaque dos dividendos. Mas, dizem os analistas, passada a época de pagamento, há margem para a bolsa voltar a acelerar.

Banca contesta taxa solidária nos tribunais. A receita da taxa especial criada em 2011 por Teixeira dos Santos para "pôr os bancos a pagarem finalmente os impostos que deviam" ameaça evaporar-se. A sociedade de advogados Garrigues lidera os processos judiciais do sector financeiro contra o Estado.

 

Cristina Casalinho: "Os mínimos dos juros devem ter sido observados em meados de Março". A presidente do IGCP acredita que os juros da dívida já não vão regressar aos mínimos de Março. A líder da agência de gestão de dívida defende que é melhor assim, até porque os juros negativos não são bons para ninguém. "São um extraterrestre", diz. 

 

Entidades europeias unem-se para acabar com tarifas do roaming até ao final do ano. A Deco, a OCU, a Eixo Atlântico e a RIET vão lançar esta terça-feira uma petição para eliminar o roaming a nível europeu a partir de Dezembro de 2015.

 

O que vai acontecer hoje

 

INE. Estimativas mensais de emprego e desemprego (Abril de 2015).

 

OCDE. Índice de preços no consumidor.

 

BCE. Publicação da declaração financeira consolidada do Eurosistema.

 

Zona Euro. Índice de preços no consumidor em Maio e índice de preços no produtor em Abril.

 

Alemanha. Taxa de desemprego em Maio.  

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