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Trump pressiona OPEP a manter produção porque o mundo “não precisa” de preços mais altos

Na véspera da reunião do grupo OPEP+, o presidente dos Estados Unidos escreveu no Twitter que o mundo "não quer ver, nem precisa, de preços do petróleo mais altos".

Reuters
05 de Dezembro de 2018 às 16:42
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Na véspera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Viena, Donald Trump voltou a pressionar o cartel no sentido de não implementar mais cortes na produção, que poderão fazer subir as cotações da matéria-prima.

No Twitter, o presidente dos Estados Unidos justificou o seu apelo com o facto de o mundo "não precisar" nem "querer ver" preços mais elevados.

"Esperamos que a OPEP mantenha a oferta de petróleo no nível em que está, sem restrições. O mundo não quer ver, nem precisa, de preços do petróleo mais altos", escreveu Donald Trump na rede social.

As declarações do líder da Casa Branca são feitas na véspera da reunião da OPEP com um grupo de produtores externos, incluindo a Rússia, onde será decidido se haverá ou não cortes na produção deste grupo chamado OPEP+. A decisão dos membros do cartel será anunciada na quinta-feira, enquanto a dos restantes produtores só será conhecida na sexta.

Esta quarta-feira decorre uma reunião informal entre o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, e o seu homólogo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, que se tem mostrado favorável a mais cortes na produção, para travar a descida das cotações.

Depois de ter vivido, em Novembro, o seu pior mês em dez anos, o petróleo tem recuperado terreno neste mês de Dezembro, devido às expectativas em torno desta reunião. Isto depois de grande parte dos produtores se terem mostrado favoráveis a uma redução da oferta, embora a dimensão do corte continue envolta em incerteza.

"Não há grande desacordo entre os membros da OPEP sobre a necessidade de cortar, mas não há ainda consenso em relação à dimensão do corte", afirma Amrita Sen, analista da Energy Aspects Ltd, citada pela Bloomberg. "Comunicar um grande corte será um grande desafio por causa das relações complicadas entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita".

Numa entrevista, na terça-feira, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse ser "prematuro" sugerir que a OPEP+ chegará a um acordo para cortar a oferta, uma declaração menos confiante do que o seu apelo recente para que se reduza a oferta em 1 milhão de barris por dia.

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 1,71% para 54,16 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 1,58% para 63,06 dólares.

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