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Rússia leva petróleo a subir mais de 2%
O petróleo está a avançar perto de 2% nos mercados internacionais, após a Rússia ter declarado que as negociações para congelar a produção e estabilizar os preços estarão concluídas até dia 1 de Março.
A Rússia avançou com uma data para concluir as negociações com os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). As reuniões para negociar um acordo para congelar a oferta da matéria-prima e estabilizar o mercado estarão concluídos até dia 1 de Março. O petróleo está a valorizar cerca de 2%, após duas sessões em queda.
O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, está a avançar 2,24% para 33,73 dólares por barril. Já avançou um máximo de 2,57% na sessão, após ter encerrado a perder 3,70% na sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) recua 2,60% para 30,41 dólares por barril.
O petróleo tem oscilado à medida que são revelados novos avanços e recuos no acordo entre os países da OPEP e a Rússia para controlar os preços. No sábado, o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, revelou que o encontro com o Irão foi "construtivo", apesar de o país não ter indicado se irá participar. O ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Kachikwu, actual presidente da OPEP, defendeu que o tecto de produção para o Irão e o Iraque pode ser mais elevado do que o nível actual de produção, permitindo aos países recuperar.
O Irão é actualmente o quinto maior exportador de petróleo da OPEP, mas pretende recuperar o seu anterior lugar de segundo maior produtor que detinha antes da imposição das sanções internacionais. Com o levantamento das sanções, em Janeiro, o Irão pretende agora aumentar a produção no curto prazo em pelo menos um milhão de barris diários.
Os analistas consideram por isso improvável que o Irão aceite congelar a produção, como foi proposto pelos ministros do petróleo da Arábia Saudita, Rússia, Qatar e Venezuela. No mercado, as apostas na valorização dos preços também estão a recuar. As apostas na subida do WTI caíram 5,3% na semana de 16 de Fevereiro, a maior queda em sete meses, revela a Bloomberg.