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Reservas dos EUA em novos máximos pressionam preço do petróleo
Os inventários de petróleo atingiram novamente um valor recorde na semana passada, de acordo com os dados oficiais divulgados pelos EUA, esta quarta-feira. O WTI desvalorizou mais de 2%, após a divulgação dos dados.
As reservas de petróleo nos EUA aumentaram em 9,62 milhões de barris, para um nível recorde de 458,5 milhões na semana passada, de acordo com os dados revelados esta quarta-feira pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA, citados pela Bloomberg. Este é novamente o valor semanal mais alto desde 1982, a primeira data em que há registos da agência de informação. Em dez semanas, as reservas cresceram 20%. As estimativas da Bloomberg apontavam para uma subida de 4,4 milhões de barris.
"Isto pode penalizar os contratos de West Texas Intermediate (WTI)", diz John Kilduff, responsável na Again Capital LLC, um fundo de investimento norte-americano focado na área da energia. "Isto é algo novo: a perspectiva que os tanques vão exceder a capacidade coloca imensa pressão nos contratos", afirmou citado pela Bloomberg.
Na sexta-feira, dia 13 de Março, a Agência Internacional de Energia alertou para um cenário em que "as reservas de petróleo podem testar os limites da capacidade de armazenamento em breve". No relatório mensal de Março, a agência afirmou que a reacção dos EUA ao excesso de produção no mercado mundial está a demorar mais do que o esperado, com as reservas a manterem níveis máximos, apesar da diminuição do investimento das petrolíferas. A reacção pode surgir de forma abrupta, se as reservas excederem a sua capacidade, alerta a agência. Nesse momento, irá ocorrer uma verdadeira diminuição da oferta, e os preços irão recuperar.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque recua 2,05% para os 42,58 dólares por barril, após a divulgação das reservas da matéria-prima. Pelo contrário, o Brent, negociado em Londres, avança 1,03% para os 54 dólares por barril.