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Procura de petróleo deve subir até 2020 e diminuir a longo prazo, diz OPEP

A procura de petróleo deve manter-se forte nos próximos anos, até 2020, com uma média anual de 1,6 milhões de barris diários, recuando depois para 0,2 milhões entre 2035 e 2040, estimou a OPEP.

Reuters
23 de Setembro de 2018 às 17:31
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"Com uma população mundial em expansão e a necessidade crucial de reduzir a pobreza energética", prevê-se que "a procura de energia aumente cerca de 33% entre 2015 e 2040", destacou o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohamed Barkindo, no boletim Previsões mundiais de Petróleo 2018.

 

Neste contexto, recordou que no mundo existem "quase mil milhões de pessoas sem acesso à electricidade e três mil milhões sem acesso a combustíveis limpos e tecnologias eficientes para cozinhar".

 

A organização prevê ainda que, a longo prazo, o crescimento demográfico e da economia mundial irá potenciar o aumento da procura de petróleo para 111,7 milhões de barris diários em 2040, mais 15% que em 2017 (97,2 milhões de barris).

 

No entanto, é nos países em desenvolvimento, especialmente na China e na Índia, que se irá verificar uma maior subida, enquanto na Europa a procura deverá cair cerca de 18,8% em 2040 para os 11,6 milhões de barris diários em cada ano. 

 

Por sua vez, o transporte rodoviário, que em 2017 representou 45% da procura total, alcançará, em 2040, 47,8 milhões de barris diários por ano, caso o número de veículos em circulação em todo o mundo ascenda a 2.400 milhões de unidades. 

 

Este sector ficará assim como um dos principais responsáveis pela procura de petróleo, seguido pelo petroquímico e pela aviação.

 

De acordo com o documento, a OPEP estimou também "um aumento significativo" dos veículos eléctricos para 320 milhões em 2040. "É esperado que as renováveis apresentem a maior taxa de crescimento anual [e que] o petróleo continue a ser o combustível com maior participação" no setor energético, acrescentou a organização.

 

Do lado da oferta, é estimado que até 2023, sobretudo os Estados Unidos, aumentem os seus fornecimentos para 66,1 milhões de barris diários em cada ano.  

 

No entanto, esta oferta cairá, nos anos seguintes e até 2040, para 62,6 milhões de barris diários.

 

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, assegurou este domingo que um possível aumento da produção de petróleo ocorrerá no momento oportuno.

 

"Se o equilíbrio entre a oferta e a procura continuar satisfatório, vamos prosseguir com a monitorização e dar uma resposta adequada e no momento apropriado, dentro das necessidades", disse, citado pela agência France-Presse, Khalid Al-Falih. 

 

A posição de Al-Falih surge após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido à OPEP o aumento da produção de petróleo e a redução de preços. "É essencial continuarmos a prever e antecipar as alterações ao equilíbrio entre a oferta e a procura", concluiu.

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