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Petróleo dispara 5% com acordo para o Irão e vendas da Arábia Saudita à Ásia

Além do acordo de princípio para o programa nuclear iraniano, a valorização do petróleo está a ser impulsionada pelo aumento do preço do barril nas vendas da Arábia Saudita para a Ásia.

Reuters
06 de Abril de 2015 às 17:24
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O preço do petróleo alargou a sua valorização nos mercados internacionais na sessão desta segunda-feira, 6 de Abril. O barril de West Texas Intermediate está a subir 5,03% para 51,61 dólares em Nova Iorque. Já o barril de Brent avança 5,28% para 57,85 dólares.

 

Estas subidas acontecem com a especulação que o acordo de princípio entre o Irão e seis potências mundiais não vai provocar um aumento imediato na oferta de petróleo nos mercados.

 

Foi na quinta-feira que o Irão e seis potências mundiais – Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha – chegaram a acordo para iniciar a limitação do programa nuclear iraniano. O acordo prevê que mais de dois terços da capacidade de enriquecimento de urânio do Irão sejam desmantelados e monitorizados ao longo de 10 anos.

 

Se implementado, este acordo vai colocar um fim ao entrave das exportações de petróleo iraniano, o que irá provocar a entrada gradual de mais petróleo no mercado.

 

"As pessoas aperceberam-se que não vamos assistir a um grande influxo de petróleo iraniano no mercado, pelo menos, nos próximos três a seis meses", disse à Bloomberg o analista da Tradition Energy, Gene McGillian.

 

Ao mesmo tempo, a valorização do petróleo acontece depois da Arábia Saudita aumentar o preço do barril nas suas vendas para a Ásia. A petrolífera estatal saudita, Saudi Aramco, aumentou os preços oficiais de venda para a Ásia pelo segundo mês consecutivo.

 

A principal razão para este aumento foi o aumento da margem de lucro das refinarias - o "crack spread" - desde o final de Fevereiro. Esta margem aumentou dos 11,90 dólares por barril em Janeiro e Fevereiro para os 15,18 dólares por barril em Março.

 

"A razão para a Aramco aumentar preços é a melhoria nas margens de refinação para a gasolina e gasóleo. Os sauditas estabeleceram uma boa quota de mercado na Ásia e estão menos preocupados pela concorrência de outros produtores do que estavam no início do ano", disse à Bloomberg o analista Essam al-Marzouk.

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