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Petróleo cai mais de 2% após Venezuela alertar sobre barril a 20 dólares
Os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais depois de o ministro do Petróleo da Venezuela ter assinalado que os preços da matéria-prima podem chegar a negociar pouco acima dos 20 dólares caso a OPEP não tome medidas para estabilizar o mercado.
A Venezuela, um dos estados-membros da OPEP, está a pedir ao cartel que adopte uma política de "equilíbrio de preço", que inclua os custos com os novos investimentos na capacidade produtiva, de acordo com a Bloomberg, que cita o governante venezuelano. "Não podemos permitir que o mercado continue a controlar o preço", afirmou Del Pino. "Os princípios da OPEP eram de actuar no preço do crude e nós temos de voltar aos princípios da OPEP", acrescentou citado pela Bloomberg.
A Arábia Saudita e o Qatar estarão já a considerar a proposta venezuelana, de acordo com o ministro do Petróleo deste país da América Latina, de um equilíbrio de preço nos 88 dólares por barril.
Estas palavras estão já a ter no mercado petrolífero com o West Texas Intermediate, negociado no mercado nova-iorquino, a recuar 3,25% para 40,54 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, desvaloriza 2,42% para 43,60 dólares por barril.
Os membros da OPEP reúnem-se no próximo dia 4 de Dezembro em Viena, na Áustria, para debaterem o limite máximo de produção da matéria-prima numa altura em que o Irão já sinalizou que pretende impulsionar a produção em um milhão de barris por dia cinco a seis meses após a retirada das sanções económicas ao país.
Arábia Saudita maior fornecedor de petróleo da China
Ainda a marcar a negociação do "ouro negro" esta segunda-feira, 23 de Novembro, está a notícia que a Arábia Saudita recuperou a sua posição de maior fornecedor de crude da China, deixando assim a Rússia para trás. O reino saudita vendeu 3,99 milhões de toneladas métricas à China em Outubro, segundo os dados da Direcção Geral das Alfandegas da China, citados pela agência de informação norte-americana. Este valor representa um crescimento de 0,8% face a Setembro.
Angola, também membro da OPEP, ultrapassou também a Rússia nas exportações de petróleo para a China. Este gigante asiático tem sido o foco de atenção dos países produtores de petróleo numa altura em que há um excesso de oferta de crude no mercado e os países lutam por defender as suas vendas.
"A Arábia Saudita nunca parou de lutar pela sua quota de mercado na China e na Ásia", disse à Bloomberg Gao Jian, analista da SCI International. "Um ano depois da OPEP ter anunciado a sua política de produção para defender a sua quota de mercado, a sua estratégia parece estar a funcionar", acrescentou.