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Petróleo cai mais de 2% após Venezuela alertar sobre barril a 20 dólares

Os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais depois de o ministro do Petróleo da Venezuela ter assinalado que os preços da matéria-prima podem chegar a negociar pouco acima dos 20 dólares caso a OPEP não tome medidas para estabilizar o mercado.

Correio da Manhã
23 de Novembro de 2015 às 10:00
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Os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais após o alerta lançado pela Venezuela. O ministro do Petróleo deste país, Eulogio Del Pino, defendeu este domingo, 22 de Novembro, na capital do Irão, que os preços do "ouro negro" podem recuar até um mínimo pouco acima dos 20 dólares por barril caso a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não tome medidas para estabilizar o mercado.

A Venezuela, um dos estados-membros da OPEP, está a pedir ao cartel que adopte uma política de "equilíbrio de preço", que inclua os custos com os novos investimentos na capacidade produtiva, de acordo com a Bloomberg, que cita o governante venezuelano. "Não podemos permitir que o mercado continue a controlar o preço", afirmou Del Pino. "Os princípios da OPEP eram de actuar no preço do crude e nós temos de voltar aos princípios da OPEP", acrescentou citado pela Bloomberg.

A Arábia Saudita e o Qatar estarão já a considerar a proposta venezuelana, de acordo com o ministro do Petróleo deste país da América Latina, de um equilíbrio de preço nos 88 dólares por barril.


Estas palavras estão já a ter no mercado petrolífero com o West Texas Intermediate, negociado no mercado nova-iorquino, a recuar 3,25% para 40,54 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, desvaloriza 2,42% para 43,60 dólares por barril.


Os membros da OPEP reúnem-se no próximo dia 4 de Dezembro em Viena, na Áustria, para debaterem o limite máximo de produção da matéria-prima numa altura em que o Irão já sinalizou que pretende impulsionar a produção em um milhão de barris por dia cinco a seis meses após a retirada das sanções económicas ao país.

Arábia Saudita maior fornecedor de petróleo da China

Ainda a marcar a negociação do "ouro negro" esta segunda-feira, 23 de Novembro, está a notícia que a Arábia Saudita recuperou a sua posição de maior fornecedor de crude da China, deixando assim a Rússia para trás. O reino saudita vendeu 3,99 milhões de toneladas métricas à China em Outubro, segundo os dados da Direcção Geral das Alfandegas da China, citados pela agência de informação norte-americana. Este valor representa um crescimento de 0,8% face a Setembro.

Angola, também membro da OPEP, ultrapassou também a Rússia nas exportações de petróleo para a China. Este gigante asiático tem sido o foco de atenção dos países produtores de petróleo numa altura em que há um excesso de oferta de crude no mercado e os países lutam por defender as suas vendas.

"A Arábia Saudita nunca parou de lutar pela sua quota de mercado na China e na Ásia", disse à Bloomberg Gao Jian, analista da SCI International. "Um ano depois da OPEP ter anunciado a sua política de produção para defender a sua quota de mercado, a sua estratégia parece estar a funcionar", acrescentou.

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