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Petróleo na maior série de ganhos em dois meses com queda da produção dos EUA

Em Londres e Nova Iorque, a matéria-prima está a subir pela sexta sessão consecutiva para o valor mais alto desde 14 de Junho. O Brent aproxima-se dos 48 dólares.

Arábia Saudita frente-a-frente com o Irão - Os confrontos comprometerão as exportações de petróleo e gás do Estreito de Ormuz. Como consequência, o petróleo dispara e os planos de privatização da companhia de petróleo Saudi Aramco não resultam. A Arábia Saudita desvalorizará a sua moeda, obrigando a restante região a fazer o mesmo.
DR
29 de Junho de 2017 às 13:51
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O petróleo está a negociar em alta esta quinta-feira, 29 de Junho, pela sexta sessão consecutiva, o que representa já a mais longa série de valorizações em dois meses. A animar a matéria-prima está a descida da produção dos Estados Unidos, que alivia os receios em torno do excesso de oferta no mercado, que levaram o petróleo a entrar em ‘mercado urso’ na semana passada.

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 1,30% para 45,32 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, sobe 1,27% para 47,91 dólares. Em ambos os casos, trata-se do valor mais elevado desde 14 de Junho. 

Na quarta-feira, a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos revelou que a produção norte-americana diminuiu em 100 mil barris por dia na semana passada - o maior decréscimo desde Julho do ano passado – para um total de 9,25 milhões de barris por dia. A queda terá sido motivada pela manutenção das instalações no Alasca e pelo impacto da tempestade tropical Cindy.

No mesmo período, as reservas de crude aumentaram em 118 mil barris para 509,2 milhões - a primeira subida em três semanas - enquanto os inventários de gasolina caíram pela segunda semana consecutiva.

Os dados estão a suportar a matéria-prima depois de os preços terem atingido, na semana passada, o nível mais baixo dos últimos sete meses, devido aos receios de que o aumento da produção por parte de países como os Estados Unidos e até a Líbia anulasse os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a oferta e diminuir o excedente global.

Segundo analistas do Goldman Sachs, citados pela Bloomberg, a OPEP poderá ter de fazer cortes mais expressivos na produção para reequilibrar o mercado do petróleo, devido ao aumento da oferta da Líbia e Nigéria.

Perante os resultados insuficientes do acordo implementado em Janeiro para cortar a produção do cartel, a OPEP decidiu no mês passado prolongar o acordo até Março do próximo ano. Inicialmente, o pacto tinha uma duração prevista de apenas um semestre.

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