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Petróleo em alta pela quinta sessão com Brent em máximos de três anos

Os preços do "ouro negro" prosseguem a tendência de subida, a ganharem terreno pela quinta sessão consecutiva, devido sobretudo aos receios de défice da oferta numa altura em que a procura está a recuperar em muitas regiões do mundo com o aliviar das restrições pandémicas.

Reuters
27 de Setembro de 2021 às 16:35
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O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro soma 1,80% para 75,31 dólares por barril.

 

Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,88% para 79,56 dólares. O Brent está em máximos de outubro de 2018, já muito perto dos 80 dólares por barril.

 

"Tanto o WTI como o Brent estão a negociar em níveis significativamente mais altos hoje, impulsionados pela perspetiva de uma crise global de energia, motivada pelo aumento da procura em muitas nações. A escassez de petróleo em grande parte da Europa, devido à crescente procura por viagens, agora que as restrições foram suspensas, estão  a empurrar os mercados de petróleo para novos máximos", salienta Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades, na sua análise diária.

 

Na passada sexta-feira, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o UBS estimava que os preços do Brent pudessem chegar aos 80 dólares até ao final deste mês devido sobretudo à conjugação de três fatores: diminuição dos stocks, menor produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e maior procura no Médio Oriente.

 

Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do banco suíço, salientava neste "research" que as perturbações na oferta e a retoma da procura estavam a traduzir-se em substanciais reduções dos inventários, o que sustenta os preços.

 

Hoje, o Goldman Sachs reviu em alta de 10 dólares as suas projeções para o preço do Brent no final deste ano, que coloca agora nos 90 dólares, numa altura em que se observa uma rápida retoma da procura depois do surto da variante delta da covid e em que a produção nos EUA continua abaixo da normalidade depois da passagem do devastador furacão Ida em finais de agosto.

 

A prolongada perturbação da produção norte-americana na região do Golfo do México e os sucessivos sinais de uma escassez de energia a nível mundial estão assim a impulsionar o petróleo.

 

A procura mundial por crude deverá atingir os níveis pré-pandemia em inícios de 2022, referiram esta segunda-feira produtores e operadores do setor na Conferência Anual de Petróleo da Ásia-Pacífico.

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