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Petróleo cai mais de 1% com reticências do Iraque em cortar produção

Apesar da reiterada disponibilidade da Rússia para coordenar políticas com a OPEP no sentido da estabilização do mercado petrolífero, o Iraque anunciou que pretende ficar de fora do acordo para a limitação da produção.

Bloomberg
24 de Outubro de 2016 às 17:54
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O preço do petróleo segue sob pressão nos mercados internacionais, estando a cair esta segunda-feira, 24 de Outubro, mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque. Na capital inglesa, o Brent do Mar do Norte, utilizado como referência para as importações nacionais, segue a cair 1,22% para 51,15 dólares por barril, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) está a recuar 1,30% para 50,19 dólares.
 
A pressionar o preço da matéria-prima está a intenção demonstrada pelo Governo do Iraque (segundo maior produtor da OPEP) de não participar no corte de produção pretendido pelo cartel petrolífero. No passado domingo o ministro iraquiano do Petróleo, Jabbar Al-Luaibi sustentou que o Iraque deve ficar de fora do acordo que a OPEP tem na forja para limitar os níveis de produção petrolífera.
 
A justificação do Governo iraquiano assenta nas dificuldades que o país atravessa, em especial num momento em que o exército iniciou uma ofensiva para expulsar o autodenominado Estado Islâmico (IS) da cidade de Mossul (segunda maior do Iraque).
 
O ministro disse que a intenção da OPEP passa por limitar a produção petrolífera iraquiana a menos de 4,2 milhões de barris por dia, volume bastante abaixo dos 4,7 milhões produzidos em Setembro.
 
Por outro lado, já esta segunda-feira o ministro russo da Energia, Alexander Novak, insistiu na necessidade de reequilibrar os níveis da oferta. Depois de um encontro hoje mantido com o secretário-geral da OPEP em Viena, Novak assumiu haver o risco de um excesso de oferta de "ouro negro" durante o próximo Inverno, reconhecendo que o congelamento da produção poderia ser uma "ferramenta eficiente" para estabilizar o mercado.
 
Contudo, o governante russo revelou que Moscovo está a considerar outras opções à limitação da produção, embora tenha sinalizado a intenção de chegar a acordo com a OPEP, na reunião agendada para o final deste mês na capital austríaca. Na semana passada, a Arábia Saudita (maior produtor da OPEP) anunciou que existem mais Estados externos à OPEP a querer participar num acordo para limitar a oferta mundial petrolífera.
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