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Petróleo acentua descida para 3% após subida das reservas nos EUA

A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos informou que as reservas de crude registaram a maior subida, em termos percentuais, desde 2008.

Bloomberg
02 de Novembro de 2016 às 15:20
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Os preços do petróleo acentuaram a descida nos mercados internacionais, depois de ter sido revelado que as reservas de crude nos Estados Unidos aumentaram na semana passada, reavivando os receios em torno do excesso de oferta a nível global.

Segundo os dados da Administração de Informação de Energia, as reservas de crude aumentaram em 14,4 milhões de barris, ou 3,1%, na semana passada – a maior subida, em termos percentuais, desde 2008.

No vermelho pela quarta sessão consecutiva, o West Texas Intermediate (WTI), desvaloriza 3,06% para 45,24 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 2,93% para 46,73 dólares. Os preços da matéria-prima estão no nível mais baixo desde 28 de Setembro, dia em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegaram inesperadamente a um acordo para reduzir a produção.

Este entendimento sustentou as subidas do "ouro negro" durante o último mês, com o mercado a acreditar que conduziria a uma estabilização dos preços. 

No entanto, a implementação deste acordo enfrenta grandes desafios, nomeadamente por parte da Líbia e Nigéria, que estão a aumentar a sua oferta depois de a produção ter sido afectada por conflitos internos este ano. 

Segundo a Bloomberg, a produção da Líbia aumentou para cerca de 466 mil barris por dia, em Outubro, o nível mais elevado desde Novembro de 2014. Este valor compara com a média de 233 mil, em Setembro, e apenas 185 mil em Maio.

Já a Nigéria aumentou a sua produção para 2,1 milhões de barris por dia, segundo avançou esta terça-feira Emmanuel Kachikwu, ministro do petróleo do país. 

Devido aos conflitos internos, ambos os países esperam ficar isentos da redução acordada entre os membros da OPEP. No entanto, quanto mais a Líbia e a Nigéria produzirem, mais cortes terão de fazer outros membros do cartel.   

No próximo dia 30 de Novembro, a OPEP reúne-se em Viena para discutir propostas concretas sobre a redução da produção. 

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