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Argélia diz que Arábia Saudita está pronta para congelar produção de petróleo

A reunião informal que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai realizar na quarta-feira poderia tornar-se numa sessão extraordinária e servir para adoptar uma decisão, considerou hoje o ministro da Energia argelino, Nureddín Bouterfa.

25 de Setembro de 2016 às 17:35
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Numa conferência de imprensa, na sede do ministério, o responsável sublinhou que os 14 membros estão de acordo na necessidade de recuperar, assim que possível, a estabilidade do mercado e que apenas diferem nos mecanismos para alcançar esse objectivo.

 

"Todos os países estão de acordo de que esta situação não é sustentável e na necessidade de estabilidade, mas devemos achar uma fórmula que beneficie a todos e isso é responsabilidade de cada país", acrescentou.

 
Na sua opinião, é evidente que o problema reside na existência de um desequilíbrio "líquido" entre a oferta e a procura de petróleo (em favor da primeira), pelo que uma das soluções seria, como deseja a maioria, congelar a produção.

Bouterfa não descartou que a reunião informal ou consultiva de Argélia - que se realiza à margem do XXV Fórum Internacional de Energia - "se converta numa sessão extraordinária no início", em que se avancem com importantes decisões.

 

Assegurou que tanto o Irão como a Arábia Saudita, países com interesses divergentes, enviaram "sinais positivos" de que poderiam ceder as suas posições e aceitar um congelamento a curto prazo.

 

"A Arábia Saudita está pronta para congelar a produção ao nível de Janeiro", o que poderia resultar num corte em torno dos 500.000 barris, assegurou Bouterfa, que considerou esta eventual oferta de Riade como "um passo interessante".

Na sexta-feira os preços do petróleo afundaram perto de 4% depois da Arábia Saudita ter dado sinais que nenhuma importante decisão iria ser tomada na quarta-feira. 

 

As discussões estão centradas agora em convencer também os grandes produtores externos, e em particular a Rússia, já que um barril de petróleo à volta de 60 dólares permitiria retomar o investimento e beneficiar os próprios produtores como os consumidores, apontou.

 

"Sinto-me muito optimista sobre a possibilidade de os membros da OPEP alcançarem um acordo de consenso que restabeleça a estabilidade neste mercado", concluiu.

 

Por esta "super abundância de petróleo no mercado, os países da OPEP - que põe à venda diariamente 33,4 milhões de barris - perdem cada dia entre 300 e 500 milhões de dólares [267 e 445 milhões de euros, à taxa de câmbio actual]", sublinhou.

 

"Somos flexíveis sobre a questão de congelar a produção, o papel [de Argélia] é reunir as partes e é a OPEP que está condenada a tomar uma decisão" definitiva que permita estabilizar os preços em alta, salientou.

 
(notícia actualizada com mais informação e título alterado)

 

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