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OPEP pode cortar produção em 1,4 milhões de barris. Petróleo recupera
O cartel deverá avançar em Dezembro para um corte de produção de 1,4 milhões de barris por dia, de acordo com a Reuters.
O petróleo arrancou a sessão em terreno negativo, caminhando para a 13.ª desvalorização consecutiva, mas já recuperou entretanto, reagindo à notícia da Reuters sobre as intenções da OPEP de cortar a produção.
O WTI em Nova Iorque valoriza 1,1% para 56,31 dólares e o Brent em Londres valoriza 1,71% para 66,59 dólares.
Ontem, as cotações registaram desvalorizações acima de 8% perto do final da sessão, elevando para mais de 16% a queda sofrida em 12 sessões.
A recuperação de hoje acontece depois de a Reuters noticiar que a OPEP pretende cortar a produção de petróleo num máximo de 1,4 milhões de barris por dia. A agência de notícias, que cita três fontes próximas das discussões, diz que este target foi definido na reunião entre o ministro da Energia da Arábia Saudita e os seus congéneres da Rússia e outros membros do cartel, que estiveram reunidos em Abu Dhahi.
No passado domingo, o Comité Ministerial Conjunto de Acompanhamento (JMMC, na sigla em inglês) do acordo de redução da produção petrolífera dos países da OPEP e não-OPEP esteve reunido em Abu Dahbi (Emirados Árabes Unidos) e decidiu adiar para a próxima reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que terá lugar em Viena a 6 de Dezembro, uma decisão sobre o plafond de produção da matéria-prima.
O JMMC, apoiado pelo Comité Técnico Conjunto (JTC), foi criado para monitorizar o cumprimento dos cortes voluntários de produção feitos por 24 países: os membros da OPEP e outras nações não pertencentes ao cartel, como a Rússia.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, disse aos jornalistas que Riade irá cortar já a sua produção em 500 mil barris por dia a partir de Dezembro.
Uma opção que foi fortemente criticada por Donald Trump e que levou o petróleo a entrar em queda livre desde o final da sessão de segunda-feira.
A queda do petróleo tem sido motivada sobretudo pela perspectiva de aumento da oferta e redução da procura, num contexto de produção recorde nos EUA e abrandamento da economia global.
Um relatório hoje publicado pela Agência Internacional de Energia confirma este cenário, já que a instituição sediada em Paris antecipa uma redução na procura de petróleo por parte dos países fora da OCDE. Ainda assim manteve a perspectiva de consumo diário de 1,3 milhões de barris para 2018 e 1,4 milhões de barris para 2019.