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O preço dos combustíveis vai continuar a subir?

Os preços dos combustíveis subiram mais de 10% este ano e 2017 não deverá trazer boas notícias. Em 2016, os preços dos combustíveis subiram por vários factores: o aumento do petróleo e derivados, a queda do euro e a subida dos impostos. No próximo ano, o cenário não será muito diferente.

Bloomberg
30 de Dezembro de 2016 às 16:00
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Abastecer nos postos de combustível deverá ficar mais caro. Os preços  estão actualmente em níveis idênticos aos observados no Verão de 2015, mas deverão superar estes valores nos próximos tempos. E tudo devido à conjuntura internacional.

As previsões dos economistas apontam para que o preço do Brent – petróleo negociado em Londres e de referência para Portugal – se situe, em média, nos 55 dólares por barril, o que fica 10 dólares acima do preço médio do petróleo este ano. Uma subida que é justificada pelo acordo de corte de produção entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que se efectiva em Janeiro, e pelas perspectivas de aceleração do crescimento da economia mundial.


Apesar do impacto não ser automático, esta subida do ouro negro indicia que os derivados de petróleo também deverão valorizar. O que terá implicações directas nos preços dos combustíveis.

A contribuir para a subida dos combustíveis estará também a desvalorização prevista do euro. A moeda única europeia deverá recuar face ao dólar, com alguns economistas a apontarem para que o euro possa chegar a negociar abaixo de 1,00 dólar. A queda do euro estará relacionada com a subida de juros nos EUA, o que torna os investimentos em dólares mais atractivos, enquanto na Zona Euro a política monetária deverá manter-se acomodatícia, com o alargamento do programa de compra de activos até ao final do ano e com os juros em mínimos históricos. A elevada incerteza política que se vive na Europa, num período marcado por eleições em França, na Alemanha e na Holanda e instabilidade política que se vive em Itália, deverá também pressionar a moeda única.

As estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg apontam para que o euro negoceie no valor médio de 1,05 dólares durante 2017, com a primeira metade do ano a ser o período de maior fragilidade da moeda.

Se se confirmar uma subida contínua dos preços dos combustíveis, o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que no início do ano foi elevado em cinco cêntimos, pode descers. Além disso, falta ainda saber quais os valores de ISP que vão vigorar no próximo ano, já que no OE2017 o Governo disse querer reduzir o imposto na gasolina e aumentar no gasóleo.

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