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Líbia reabre maior campo petrolífero e petróleo acentua queda
O petróleo está a acentuar a queda registada durante a manhã depois de ter sido noticiado que a Líbia reabriu o seu maior campo petrolífero. Os investidores estão ainda a avaliar a subida na produção norte-americana de crude e a queda dos inventários.
Em Março, uma manifestação bloqueou o campo petrolífero líbio de Sharara. Já este mês, os protestos tinha terminado. Mas foi apenas um interregno. Uma semana depois, os protestos regressaram e interromperam a produção, de acordo com a Reuters. Este campo petrolífero é operado pela empresa estatal NOC, companhia que tinha como objectivo que a produção atingisse os 270 mil barris por dia.
Esta quinta-feira, 27 de Abril, tanto a agência Reuters como a Bloomberg noticiam que este campo petrolífero, o maior da Líbia, está de novo operacional. Para já, de acordo com a Reuters, não são conhecidos os valores da produção actual. Ainda assim, a capacidade de produção de Sharara é de 330 mil barris por dia.
Não é a primeira vez que a produção petrolífera líbia é afectada desde 2011, época em que Muammar Kaddafi foi deposto. Manifestações e ataques por parte de militantes islâmicos têm penalizado a produção líbia. O país tem actualmente uma produção nacional, média, de 700 mil barris por dia, isto depois de dois grandes portos terem retomado operações, de acordo com a Reuters.
A notícia de que este campo está novamente a produzir levou a um agravamento dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 2,12% para 48,57 dólares por barril. E o barril de Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, recua 2,16% para 50,70 dólares.
Mas não é este o único factor que esta a marcar a negociação da matéria-prima. Os investidores estão a avaliar os últimos dados conhecidos. A produção norte-americana de crude subiu pela décima semana consecutiva, para o valor mais elevado desde Agosto de 2015, segundo os dados da Administração de Informação Energética, citados pela Bloomberg. Por outro lado, os inventários da matéria-prima diminuíram mais do dobro do que era esperado pelos analistas.
Nas últimas duas semanas, a cotação do petróleo tem sido marcada pelos receios dos investidores que a uma subida da produção norte-americana possa ofuscar os esforços da OPEP, e aliados, para travar o excesso da oferta mundial.
