Notícia
Gasolina vai descer e gasóleo permanece em máximo de quatro meses
A alta do euro face ao dólar está a travar o efeito da valorização dos preços do petróleo e dos combustíveis cotados.
Apesar de os preços do petróleo terem esta semana alcançado novos máximos de março deste ano, os preços dos combustíveis não deverão aumentar a partir da próxima segunda-feira, havendo até margem para uma descida da gasolina.
A valorização do euro face ao dólar esta semana (a moeda europeia atingiu máximos de 2018) foi determinante para aliviar a fatura dos portugueses com os combustíveis. O gasóleo cotado no mercado europeu valorizou perto de 2% na semana, mas em euros a variação foi praticamente nula. No caso da gasolina, a cotação em euros desceu perto de 2%.
Tendo em conta estas cotações e os cálculos do Negócios, há margem para uma descida de cerca de meio cêntimo no preço da gasolina em Portugal, enquanto o preço do gasóleo deverá ficar estável.
De acordo com os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, esta semana o gasóleo aumentou para um preço médio de 1,231 euros por litro, o que corresponde ao valor mais elevado desde o início de julho.
Já a gasolina aumentou para um preço médio de 1,389 euros por litro, pelo que deverá recuar dos máximos do início de outubro que atingiu esta semana.
Esta será a quinta semana seguida de ganhos para o petróleo nos mercados internacionais. O Brent, que serve de referência às importações portuguesas, sobe 2% esta semana e está a transacionar muito perto dos 50 dólares por barril.
A atenuar este efeito, o euro marca a terceira semana de ganhos e nas últimas cinco sessões valoriza 1,6%. Está a transacionar acima de 1,21 dólares, no nível mais elevado desde abril de 2018.
Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.
Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Os cálculos do Negócios têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (ainda que a evolução costume ser semelhante), sendo que os dados para o Negócios só estão disponíveis até quinta-feira (faltando um dia de negociação).