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Fitch: Brent pode afundar para mínimos "de um dígito" caso OPEP+ não atinja acordo

A Fitch Solutions disse que os preços do petróleo poderiam afundar ainda mais, renovando mínimos históricos, caso o cartel petrolífero não alcance um acordo de cortes de produção, numa reunião que poderá acontecer na próxima quinta-feira.

06 de Abril de 2020 às 11:47
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Os preços do Brent poderão afundar para mínimos históricos, caso os países que compõem a OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e os aliados) não consigam atingir um acordo quanto ao corte de produção coletivo, na próxima reunião, alertou a Fitch Solutions, numa nota divulgada pela CNBC nesta segunda-feira, dia 6 de abril. 

Os analistas da Fitch Solutions disseram que uma queda na procura e um aumento na oferta poderia resultar num excedente de 20 milhões de barris por dia no mercado petrolífero. Uma situação que, a acontecer, punha o mercado "sobre uma extrema pressão física", escreveram os analistas na nota divulgada hoje, antes da reunião da OPEP+ ter sido adiada. 

"Embora seja improvável que a capacidade nominal de armazenamento seja violada, é possível que a enorme subida no excesso de oferta sobrecarregue as cadeias logísticas globais, afundando o Brent para mínimos de um dígito", acrescentaram os analistas.

Um estudo da CNBC, que compilou vários analistas do setor, antecipou uma deterioração na procura devido ao coronavírus ainda no segundo trimestre deste ano, o que iria ofuscar quaisquer esforços feitos pela OPEP+. 

De acordo com o relatório que reuniu 30 analistas, o preço do crude norte-americano deverá mesmo atingir os 20 dólares por barril, mesmo que o acordo para um corte de produção coletivo seja alcançado. 

Desde o início do ano que o preço do petróleo desvalorizou 50%. Agora, um barril de Brent vale pouco mais do que 33 dólares e um de crude norte-americano está avaliado em 28 dólares. 


A reunião virtual do cartel petrolífero estava marcada para hoje, mas foi adiada. Agora, espera-se que venha a acontecer na próxima quinta-feira, numa altura em que a Rússia e a Arábia Saudita parecem encaminhar-se para um acordo.

O encontro será aberto a todos os produtores de petróleo que não fazem parte da OPEP+, como os Estados Unidos e o Reino Unido. E a presença destes não membros pode mesmo ser fundamental que atingir um entendimento, uma vez que a Arábia Saudita já disse que só aceitaria um corte se todos os produtores do mundo acarretassem com os custos juntos.

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