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Estados Unidos a caminho de serem exportadores líquidos de petróleo em 2023

No mês passado, os dados do governo norte-americano revelaram que as importações de crude dos Estados Unidos caíram para 1,1 milhões de barris por dia – o nível mais baixo desde que começaram a ser elaborados dados, em 2001.

Reuters
20 de Dezembro de 2022 às 18:43
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Os EUA tornaram-se, nos últimos anos, uma potência mundial de exportação de petróleo. No entanto, desde a Segunda Guerra Mundial que as exportações não superam as importações – mas isso poderá mudar no próximo ano, sublinha a Reuters.

 

As vendas de crude norte-americano para outros países estão agora num recorde de 3,4 milhões de barris por dia, com exportações de cerca de três milhões de barris diários de produtos refinados – como gasolina e gasóleo. Além disso, o país é o maior exportador de gás natural liquefeito (GNL).

 

Os EUA consomem 20 milhões de barris de crude por dia, naquele que é o maior consumo mundial, e a sua produção nunca superou os 13 milhões de barris diários. Mas, no mês passado, os dados do governo norte-americano revelaram que as importações de crude dos Estados Unidos caíram para 1,1 milhões de barris por dia – o nível mais baixo desde que começaram a ser elaborados dados, em 2001. Este volume é bastante inferior ao que se registava há cinco anos, quando os EUA importaram diariamente mais de sete milhões de barris.

 

Os fatores que este ano mudaram esta equação incluem as sanções às exportações de crude e gás natural da Rússia, depois de ter invadido a Ucrânia a 24 de fevereiro, bem como o recurso dos EUA às suas reservas emergência para combater a escalada dos preços da gasolina. Os Estados Unidos e outros membros da OCDE recorreram às suas reservas estratégicas de petróleo para que os seus compradores nacionais pudessem adquirir a preços mais baixos do que aqueles a que o crude estava a ser negociado nos mercados internacionais.

 

"A invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionou nova procura pela energia dos EUA e deverá levar a que as suas exportações superem as importações em finais do próximo ano, isto partindo do princípio que a produção de ‘shale oil’ (petróleo produzido a partir das rochas de xisto betuminoso) acelerará", comentou à Reuters um analista de mercado da Vortexa, Rohit Rathod.

 

Para se tornarem um exportador líquido de crude, os EUA precisam de aumentar a produção ou reduzir o consumo. E atendendo a que se espera que a procura de petróleo aumente 0,7% para 20,51 milhões de barris por dia em 2023, isso significa que a produção terá de subir, aponta a Reuters.

 

Os EUA já produzem mais "ouro negro" do que qualquer outro país do mundo, incluindo a Arábia Saudita e a Rússia.

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