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Cortes só vão equilibrar mercado do petróleo na segunda metade de 2017

A estimativa é da OPEP no seu relatório de Novembro, o primeiro divulgado depois de o cartel ter acordado uma redução da produção no ano que vem, uma decisão que foi acompanhada por mais 11 países.

Bloomberg
14 de Dezembro de 2016 às 13:15
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estima que mesmo que os cortes na produção acordados entre os membros do cartel e os 11 membros exteriores avancem no início de 2017, só em meados do ano é que a procura superará a oferta.


A conclusão está no relatório mensal daquela organização, divulgado esta quarta-feira, 14 de Dezembro, e citado pela Bloomberg. De acordo com o documento, só mesmo se os cortes forem postos em prática é que será possível reequilibrar o mercado, marcado nos últimos dois anos pelo excesso de oferta.


A agência noticiosa refere que se trata de uma perspectiva mais pessimista do que a que ontem foi divulgada pela Agência Internacional de Energia, que estimava um défice da oferta já no primeiro semestre do ano que vem.


Entre o final do mês passado e o início de Dezembro os membros da OPEP chegaram a acordo para cortar a produção diária em 1,2 milhões de barris e os 11 países fora do cartel (incluindo a Ríssiacomprometeram-se a reduzir também a sua oferta, neste caso em 600 mil barris. Se se concretizar, será o corte mais relevante em 15 anos.


Ainda assim, a organização prevê que, apesar dos cortes acordados fora do cartel, esses países continuem a aumentar a produção – em 300 mil barris por dia, contra a anterior estimativa de aumento de 200 mil -, nomeadamente na Rússia e no Cazaquistão, enquanto a produção nos EUA permanecerá inalterada.


Segundo o relatório, os países da OPEP reforçaram a produção em Novembro em mais cerca de 150 mil barris por dia em relação a Outubro, atirando a média diária para os 33,87 milhões.

Nos mercados, o barril de petróleo cede esta quarta-feira de máximos de quase um ano e meio, experimentando a primeira sessão de desvalorizações das últimas cinco. O preço do Brent, que serve de métrica para as importações nacionais, transacciona em Londres abaixo dos 55 dólares (54,96), uma queda de 1,36%, enquanto nos EUA o West Texas Intermediate cai 1,49% para os 52,19 dólares.

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