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Brent pode registar terceira semana consecutiva de ganhos

O preço da matéria-prima, negociado no mercado londrino, acumula desde 22 de Fevereiro um ganho superior a 23%.

11 de Março de 2016 às 08:02
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O barril de Brent, negociado no mercado londrino, deverá encerrar esta semana com um ganho superior a 5% e, assim, completar um ciclo de três semanas consecutivas em alta em que acumula uma valorização superior a 23%.

O preço do barril que serve de referência às importações europeias ganha esta sexta-feira, 11 de Março, 1,80% para negociar nos 40,77 dólares. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate avança 2,30% para transaccionar nos 38,71 dólares e aproxima-se da quarta semana consecutiva de ganhos.

Após as fortes quedas registadas no início de 2016 - que levaram o preço da matéria-prima para valores próximos dos 25 dólares -, o petróleo está de regresso aos ganhos, tendo superado, esta semana, e pela primeira vez este ano, a barreira dos 40 dólares no mercado londrino.

Alguns investidores acreditam que o "pior já passou" e que estamos perante "o início do fim do movimento de queda" do preço do petróleo. Não esperando, porém que a matéria-prima transaccione muito acima dos 40 dólares por barril.

Mas há quem admita que a recente subida dos preços é apenas temporária. Como é o caso do Goldman Sachs. Para o banco de investimento, os ganhos das últimas semanas não são sustentados, nem num aumento da procura, nem numa redução da oferta. E os p
reços têm que cair mais para reequilibrar o mercado, defendem.

Nos mercados de matérias-primas não basta haver sinais de uma recuperação no futuro, é preciso que se reflicta no equilíbrio da oferta e procura reais, diz o Goldman Sachs. "Os mercados de matérias-primas são mercados físicos, não são mercados financeiros motivados por expectativas", diz o banco.

Por isso, uma subida baseada apenas em expectativas, sem suporte numa redução real da oferta e um aumento comprovado da procura, será contraproducente e irá provocar novas quedas. Isto porque, os preços baixos são um estímulo para os produtores aumentarem a oferta, o que agrava o excedente, voltando a pressionar os preços no médio prazo.


 



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