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Arábia Saudita quer que OPEP+ corte produção por causa da Saudi Aramco
Numa semana em que se espera que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo anuncie novos cortes de produção, a Arábia Saudita apela a que tal aconteça, devido à entrada da Saudi Aramco em bolsa.
A OPEP e os seus aliados planeiam anunciar novos cortes na produção global de petróleo até junho de 2020, na reunião da próxima sexta-feira, dia 6 de dezembro. Para já, e enquanto o encontro não acontece, a Arábia Saudita quer que o cartel atue nesse sentido, antes da Saudi Aramco entrar em bolsa.
O acordo para a redução, que será discutido entre a OPEP e os seus aliados, poderá traduzir-se num corte de pelo menos 400 mil barris por dia, que será adicionado aos 1,2 milhões de barris em vigor.
O príncipe saudita Abdulaziz bin Salman vai encabeçar a reunião em Viena, da próxima sexta-feira, e apelar aos cortes de produção, para garantir que os preços do "ouro negro" estão altos o suficiente na altura do IPO, oferta pública inicial, da petrolífera saudita, que vai ser precificada em mercado no dia 5 de dezembro.
Os representantes sauditas insistiram no cumprimento mais rigoroso dos cortes atuais, principalmente porque países como o Iraque e a Nigéria produziram muito acima do que seria suposto, enquanto a Arábia Saudita cortou mais do que se exigia.
Os sauditas estão a pressionar outros produtores para aprofundar os cortes e sinalizaram que estão prontos para continuar a liderar os cortes de produção.
Por esta altura, o preço do Brent valoriza 2,4% para os 61,91 dólares por barril e o norte-americano "crude" avança 2,54% para os 56,57 dólares por barril.