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Arábia Saudita e Rússia vão debater extensão dos cortes na produção de petróleo
Os ministros da Energia dos dois países vão encontrar-se nas próximas duas semanas para debaterem o prolongamento dos cortes na produção para o segundo semestre deste ano.
O ministro da Energia da Arábia Saudita Khalid Al-Falih vai debater o prolongamento dos cortes na produção de petróleo com o seu homólogo russo Alexander Novak, numa altura em que cresce a convicção entre os países que assinaram o acordo ainda em 2016 – os membros da OPEP juntamente com outros 11 países, incluindo a Rússia – de que um semestre não é suficiente para reduzir o excedente e estabilizar os preços.
"Parece haver um consenso nesse sentido, mas ainda não estamos 100% lá", afirmou Al-Falih em declarações aos jornalistas esta quarta-feira, citado pela Bloomberg. O governante, que falou após uma reunião com o ministro da Energia do Azerbaijão, acrescentou que "ainda é preciso falar com todos os países" e "um país muito importante é a Rússia, o maior exportador fora da OPEP".
Segundo a agência noticiosa, os ministros da Arábia Saudita e Rússia vão reunir-se nas próximas duas semanas.
Há menos de uma semana, os países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo alcançaram já um entendimento para prolongar os cortes na produção para além de Junho, já que o acordo tinha a sua duração inicialmente fixada em seis meses (apesar de ter sido fechado ainda em 2016 só entrou em vigor em Janeiro deste ano). Uma decisão tomada depois de quatro meses de redução da oferta terem falhado o objectivo de colocar os inventários abaixo da média histórica de cinco anos.
Ainda assim, o ministro saudita mostra-se confiante que o mercado petrolífero vai estabilizar no final deste semestre. Se isso não acontecer, "todos nós seremos pragmáticos o suficiente para fazer a coisa certa, que é levar este mercado para o equilíbrio".
A decisão final sobre a extensão do acordo para o segundo semestre será tomada na reunião da OPEP em Viena, a 25 de Maio.
Nesta altura, o petróleo segue em queda nos mercados internacionais, antes de serem conhecidos os dados das reservas nos Estados Unidos. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,67% para 49,23 dólares enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 0,67% para 51,75 dólares.