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Arábia Saudita admite sair de Viena sem acordo para cortar a produção. Petróleo cai 1%

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita admitiu que os preços da matéria-prima podem estabilizar sem a intervenção da OPEP, através da recuperação do consumo.

Khalid Al-Falih admitiu pela primeira vez sair de Viena sem um acordo para cortar a produção Reuters
28 de Novembro de 2016 às 10:24
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A três dias da reunião da OPEP, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih (na foto), admitiu pela primeira vez, este domingo, sair de Viena sem um acordo para cortar a produção.

"Esperamos que a procura recupere em 2017, e aí os preços vão estabilizar, e isto vai acontecer sem uma intervenção da OPEP", afirmou Al-Falih, no domingo, citado pela Bloomberg. "Não temos um único caminho – o de cortar a produção na próxima reunião da OPEP – também podemos depender da recuperação do consumo, especialmente dos Estados Unidos".

As declarações do responsável da Arábia Saudita – o maior produtor do cartel – estão a aumentar o cepticismo em torno da possibilidade de um entendimento e a penalizar os preços da matéria-prima nos mercados internacionais.

O Brent, negociado em Londres, desce 0,95% para 46,79 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, cai 0,98% para 45,61 dólares.

As divisões internas quanto à forma de distribuir os cortes entre os vários produtores e a resistência da Rússia em reduzir a sua oferta levaram também ao cancelamento das negociações com produtores não pertencentes ao cartel, que estavam agendadas para esta segunda-feira.

Segundo a Bloomberg, alguns ministros da OPEP viajaram hoje para Moscovo, enquanto outros responsáveis estão em Viena a tentar garantir que haverá acordo na quarta-feira.

Sem este entendimento entre os membros do cartel, a Agência Internacional de Energia estima que o mercado de petróleo vai continuar excedentário em 2017, pelo quarto ano consecutivo, o que deverá provocar uma descida dos preços. 

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