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Arábia Saudita e Rússia admitem que acordo para cortar produção pode ir além de 2017

A Arábia Saudita, um dos principais produtores de petróleo a nível mundial, admite que o acordo alcançado em Novembro para cortar a produção, de forma a combater o excedente de oferta, possa ser alargado para além deste ano.

Reuters
08 de Maio de 2017 às 09:09
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Em Novembro do ano passado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acordou cortar a sua produção de petróleo. O objectivo era travar o excesso de oferta que existia no mercado e que estava a penalizar fortemente a cotação do "ouro negro". A vigência do acordo termina agora em Junho. Mas há várias semanas que paira no mercado a possibilidade do limite deste acordo ser ampliado. E a declaração de Ríade e de Moscovo dá ainda mais força a essa possibilidade.

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, de acordo com a Bloomberg, afirmou estar confiante que este acordo – que dita uma redução da produção – vai ser estendido ao segundo semestre deste ano e poderá mesmo ir além desse período.


"Com base nas consultas que tenho feito junto de membros participantes [neste acordo] estou bastante confiante que o acordo vai ser estendido para a segunda metade do ano e possivelmente além" desse período, afirmou Khalid Al-Falih, numa conferência em Kuala Lumpur, esta segunda-feira. " A coligação de produtores está determinada em fazer tudo o que seja necessário para alcançar o nosso objectivo de trazer os níveis das reservas para a média de cinco anos", acrescentou citado pela agência de informação.

A Rússia, que apesar de não pertencer à OPEP também implementou cortes na sua produção, já alinhou no mesmo discurso. O ministro russo da Energia, em comunicado, citado igualmente pela agência de informação, referiu que tem estado "a debater vários cenários" e acredita "que uma extensão por um período mais longo vai ajudar a acelerar o reequilíbrio do mercado".

O responsável assinalou ainda que: a "Rússia expressa toda a sua solidariedade para com os esforços dos nossos parceiros que têm como objectivo reequilibrar o mercado mundial de petróleo e acreditamos que esforços conjuntos até aqui foram eficazes".


Apesar do crescimento da produção norte-americana de petróleo e do encerramento de refinarias, por questões relacionadas com a manutenção, terem atenuado o efeito dos cortes na produção realizado pela OPEP e aliados, os produtores mostram-se assim determinados em reduzir a produção, escreve a mesma fonte.


Os preços do petróleo estão por esta altura com uma subida ligeira nos mercados internacionais. O barril de Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, avança 0,26% para 49,23 dólares. E o West Texas Intermediate cresce 0,13% para 46,28 dólares por barril.

(Notícia actualizada às 10:20 com as declarações das autoridades russas)

 

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