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AIE: Preços do petróleo vão continuar sob pressão durante meses

A Agência Internacional de Energia prevê que os preços do petróleo continuem sob pressão durante meses devido às atuais "tempestades geopolíticas" no mundo árabe, apesar "da pausa" dos últimos dias resultante da crise síria.

12 de Setembro de 2013 às 11:46
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No relatório mensal sobre o mercado petrolífero, hoje divulgado, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que o plano alternativo para neutralizar as armas químicas da Síria provocou uma "pausa", mas demonstrou que o preço do barril continua elevado e que aquele conflito continua a manter a pressão. 

 

Além do conflito sírio, o afundamento das exportações de petróleo da Líbia para os níveis mais baixos desde o final da guerra líbia no início do mês não dá sinais de mudança, refere a AIE.

 

As exportações de petróleo da Líbia caíram de uma média de 550.000 barris diários em agosto e meio milhão de barris por dia em Julho para 150.000 barris diários no início de Setembro, precisa o relatório.

 

A agência reviu em alta ligeira as previsões da procura global de petróleo tanto para este ano como para 2014 devido à melhoria das expectativas macroeconómicas.

 

Concretamente, a AIE prevê que o consumo em 2013 será em média de 90,9 milhões de barris diários, ou seja mais 895.000 barris diários do que em 2012.

 

Esta estimativa pressupõe um incremento de 70 mil barris diários face à previsão feita no mês passado. Para 2014, a AIE prevê um consumo médio de 92 milhões de barris por dia.

 

Segundo a AIE, estas correcções resultam das indicações sobre os dados de Julho e agosto devido ao efeito do "impacto das modestas melhorias na economia".

 

A agência refere que se antevê uma possível desaceleração das compras de petróleo por alguns países emergentes, que sofreram depreciações das respectivas moedas, incluindo a Índia, Indonésia, Malásia, Peru, Filipinas e Tailândia, que mecanicamente encarecem a factura energética.

 

Em relação à oferta de petróleo, a AIE afirma que esta caiu em agosto para 91,59 milhões de barris, menos 775.000 barris, e que esta quebra resultou da diminuição da produção do cartel da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) bem como dos restantes produtores.

 

Em agosto, a produção da OPEP diminuiu 260.000 barris diários para 30,51 milhões e a dos restantes produtores 510.000 barris diários para 54,51 milhões.

 

No seio da OPEP, o aumento da extracção pela Arábia Saudita, que com 10,19 milhões de barris diários marcou um nível máximo dos últimos 32 anos, não conseguiu compensar o descalabro da Líbia.

 

Fora do cartel, a diminuição sazonal nas plataformas do Mar do Norte, as paragens por manutenção em poços do Cazaquistão e Gana e na China devido às inundações, foi muito mais elevada que os aumentos suplementares dos Estados Unidos e Canadá.

 

Em julho, as reservas comerciais na organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentaram muito ligeiramente, cerca de oito milhões de barris para 2.659 milhões.

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