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AIE: OPEP terá de produzir na sua força máxima para compensar quebras da Venezuela e Irão

Os membros da OPEP terão de produzir na sua capacidade máxima para conseguirem cobrir as quebras de produção da Venezuela e Irão, estima a Agência Internacional de Energia (AIE).

Reuters
12 de Julho de 2018 às 11:54
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Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como a Arábia Saudita, terão de produzir como nunca antes para anularem o impacto da crise na Venezuela, das sanções dos EUA ao Irão e das interrupções de produção da Líbia.


Este é o cenário traçado pela Agência Internacional de Energia (AIE), citada pela Bloomberg.

 

"O aumento a produção dos países do Golfo do Médio Oriente e da Rússia, embora bem-vindo, surge à custa da capacidade extra de produção [as chamadas reservas de emergência] do resto do mundo, que podem estar perto do limite", revela a AIE no seu relatório mensal. "Esta vulnerabilidade actual sustenta os preços do petróleo e parece que vai continuar a fazê-lo", adianta a mesma fonte.

 

A capacidade total de produção da Venezuela poderá diminuir para menos de um milhão de barris por dia até ao final do ano, elevando para 40% a quebra de produção em 2018. O fornecimento de petróleo do Irão para a Europa caiu quase 50%, devido às sanções dos EUA. E as exportações do Irão poderão diminuir ainda mais.

 

Isto numa altura em que a Líbia também está a ser um foco de pressão. A reabertura de importantes portos líbios está assim a pesar. As forças da milícia do comandante líbio Khalifa Haftar tinham tomado o controlo de alguns dos maiores terminais de exportação de crude do país, impedindo que a petrolífera pública National Oil Corporation (NOC) pudesse gerir esse petróleo, o que afectou a produção – que caiu de 1,28 milhões de barris por dia em Fevereiro para 527.000 barris diários este mês.

 

A AIE explica que se a Arábia Saudita aumentar a produção para um recorde de 11 milhões de barris por dia em Agosto, tal como o país já admitiu, será o maior aumento de produção deste país num espaço de dois meses desde 2011. A agência salienta que aumentar ainda mais a produção poderá limitar a capacidade extra de produção, ou seja, de manter a produção das chamadas reservas de emergência, para um nível abaixo de um milhão de barris diário, o que é preocupante para a AIE.

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