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UBS: Paládio brilha mais e vai atingir novos recordes. Platina também vai subir

Os preços do paládio deverão continuar a subir este ano, atingindo novos recordes, para depois cederem terreno em 2022 devido à sua substituição por platina, que está mais barata, nos catalisadores automóveis, estima o UBS. Já a platina deverá continuar a valorizar este ano e também no próximo.

23 de Maio de 2021 às 16:51
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O paládio é o metal precioso que está a revelar melhor desempenho este ano, a subir 17,8%, e o UBS prevê que os preços deste metal branco continuem a subir no segundo semestre de 2021. Só em finais do ano é que deverá começar a recuar um pouco, para negociar em valores mais baixos na entrada em 2022, à medida que a substituição dos catalisadores vá acelerando o ritmo.

 

Num relatório de análise aos metais preciosos a que o Negócios teve acesso, o UBS reitera assim as suas previsões para os preços nos dois próximos trimestres, apontando para 3.100 dólares por onça no final de setembro. A confirmar-se, será um novo máximo histórico. O atual recorde está nos 3.019 dólares por onça e foi estabelecido na negociação intradiária do dia 4 deste mês.

 

O banco suíço estima que os preços recuem depois para 2.900 dólares no final de dezembro e que transacionem na casa dos 2.700 dólares no fim do primeiro trimestre de 2022 e nos 2.500 dólares no final de junho do próximo ano.

 

Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, sublinha neste relatório de 21 de maio que a fabricante de catalisadores Johnson Matthey prevê em 7,4% o défice de paládio este ano face à procura total. Mas o banco suíço projeta um défice ainda maior, de 9,5%, já que antecipa uma maior redução da oferta mineira da Rússia depois das disrupções em duas minas da Nornickel.

 

A motivar este grande défice está também a maior procura industrial numa altura de retoma económica global.

 

"Como 2021 está a caminho de ser o 10.º ano consecutivo de défice da oferta, é provável que os intervenientes de mercado tentem garantir paládio recorrendo aos inventários armazenados – as reservas ‘acima do solo’", destaca o analista.

 

Assim sendo, considera Staunovo, "é provável que os preços continuem a subir nos próximos meses e atinjam novos recordes, de modo a incentivar os participantes do mercado a liquidarem o metal que têm em mãos".

 

"Atendendo aos baixos volumes de negociação do metal branco e à pequena dimensão do mercado, só os investidores com elevada tolerância ao risco é que devem ponderar continuar a deter paládio", aconselha.

 

Uma vez que o paládio – que negoceia atualmente em torno dos 2.800 dólares por onça – tem tido um desempenho superior ao da platina nos últimos anos, é provável que isso alimente a substituição do paládio por platina nos catalisadores automóveis durante os próximos anos, refere ainda o analista do UBS. Daí o ‘outlook’ mais cauteloso para os preços do paládio no próximo ano.

 

Platina com défice de oferta

 

Num outro relatório, sobre a platina, Giovanni Staunovo salienta que o mercado registou um ligeiro défice nos primeiros três meses deste ano, tendo sido o quarto trimestre consecutivo em que a procura excedeu a oferta.

 

"Para o conjunto do ano, prevemos que o défice da platina ronde os 2,3% face à procura", acrescenta.

 

Por isso, o UBS reitera a sua perspetiva positiva para os preços deste metal precioso em 2022. A platina negoceia atualmente nos 1,166,50 dólares por onça, a subir 16% no acumulado do ano.

 

Pelas estimativas do UBS, a platina transacionará nos 1.250 dólares por onça no final do terceiro e do quarto trimestre deste ano, subindo para 1.300 dólares no fim de março de 2022 e para 1.400 dólares no trimestre seguinte.

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