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Petróleo afunda mais de 5% para novo mínimo
A matéria-prima está em queda acentuada nos mercados, devido às preocupações com a economia chinesa. O barril está a ser transaccionado cada vez mais perto de quebrar a barreira dos 30 dólares.
O petróleo está a negociar de novo em forte queda esta quinta-feira, penalizado pela forte turbulência registada na bolsa chinesa, que negociou apenas durante 30 minutos devido à queda de 7% das acções.
A matéria-prima negoceia em mínimos de mais de 11 anos e já há analistas, como a Nomura, a perspectivarem que o barril estará abaixo dos 30 dólares no espaço de 10 dias.
O WTI, negociado em Nova Iorque, recua 5,3% para 32,17 dólares, tendo tocado no valor mais baixo desde Dezembro de 2003. O Brent, que já ontem tinha atingido mínimos de 11 anos, volta a afundar 5,78% para 32,25 dólares.
A decisão do banco central da China de desvalorizar o yuan para mínimos de Março de 2011 está a gerar uma onda de pessimismo nos mercados. Que está a afectar sobretudo a bolsa chinesa, que hoje negociou durante apenas 30 minutos até as transacções serem suspensas devido à queda de 7% registada pelo índice CSI 300.
"Os mercados transaccionam com base na ganância e no medo e nesta altura o medo domina a ganância", comentou à Bloomberg Gordon Kwan, analista do Nomura, acrescentando que o mercado das matérias-primas é habitualmente onde mais se antecipam as tendências e o que "os investidores nesta altura estão a antecipar é que a queda do yuan está a sinalizar novo enfraquecimento da economia chinesa".
Num relatório divulgado esta quarta-feira, o Banco Mundial perspectivou o prolongamento da tendência de queda das matérias-primas devido ao abrandamento da economia chinesa.
Os dados divulgados na quarta-feira pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos também contribuíram para a queda do petróleo, uma vez que as reservas de gasolina aumentaram em mais de 10 milhões de barris na semana passada, o maior aumento semanal desde 1993.