Notícia
Ouro sobe 2,5%, supera fasquia dos 1.900 dólares e negoceia em máximos de setembro
O ouro valoriza, numa altura em que os investidores se mantêm atentos ao conflito entre Israel e o Hamas e tentam antecipar os próximos movimentos da Fed. O metal amarelo está prestes a fechar a melhor semana em sete meses.
O ouro superou a barreira dos 1.900 dólares por onça, estando a negociar em máximos de setembro e prestes a registar a melhor semana em sete meses. A razão para este movimento está no Médio Oriente, onde o conflito entre o Hamas e Israel capta a atenção dos investidores.
O metal amarelo ganha 2,52% para 1.916,01 dólares por onça. O ouro superou um nível técnico importante, sendo que este movimento dá sinais de que grandes "players" estão a sair das suas posições de "short-selling", através de "short-covering".
Para Ole Hansen, "head of commodity strategy" do Saxo Bank, citado pela Bloomberg, este tipo de operações foi o principal impulsionador "para a recuperação desta semana".
Ou seja, sendo o "short-selling" uma operação de aposta na queda do valor do ativo (ou seja, apostar em posições curtas) - em que o investidor não tem necessariamente de ter esse ativo em mãos (a chamada posição a descoberto, através de um empréstimo) -, o "short-covering" consiste na reversão desta operação, através da recompra dos ativos por esse mesmo investidor.
No início desta semana o ouro valorizou, à boleia do ataque surpresa do Hamas a Israel, tendo entretanto chegado a cair para perto da fasquia dos 1.800 dólares a onça - e tendo voltado agora a recuperar terreno.
A ONU apelou a Israel que cancelasse a ordem que determina a evacuação de 1,1 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza, descrevendo-a como "impossível".
Em vários países do Médio Oriente já se assistem a protestos contra Istael nas ruas, respondendo ao apelo do Hamas.
O metal amarelo está ainda a ser suportado pela expectativa de que a Reserva Federal (Fed) não aumente mais a taxa dos fundos federais, limitando-se a mantê-la em terreno restritivo.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de mais de 90% de que a Fed mantenha os juros diretores inalterados após a próxima reunião de política monetária, marcada para novembro.
(Notícia corrigida às 20:02 horas, passando "máximos de março" para "máximos de setembro").