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Ouro bate máximo histórico acima dos 2.141 dólares por onça

Nas últimas cinco sessões o ouro já subiu mais de 100 dólares, num "rally" que está a ser alimentado pelas expectativas de alívio na política monetária nos Estados Unidos.

O ouro nunca valeu tanto. O metal precioso - que é visto como principal ativo-refúgio - atingiu esta terça-feira o preço mais elevado de sempre face à expectativa de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana mude de estratégia, mas também devido aos riscos geopolíticos.

Os preços do ouro seguem a valorizar pela quinta sessão consecutiva, tendo batido o anterior máximo histórico de 2.135,40 dólares por onça, registado a 4 de dezembro do ano passado. O metal precioso aprecia-se ao início da tarde 1,3% para 2.141,79 dólares por onça.

Nas últimas cinco sessões o ouro já subiu mais de 100 dólares, num "rally" que está a ser alimentado pelas expectativas de alívio na política monetária. O facto de o metal não render juros leva a que, num cenário de taxas mais baixas, possa ter uma melhor "performance".

"As preocupações em torno das perspetivas económicas globais, as tensões geopolíticas e a mudança de expectativas em relação a cortes anteriores das taxas de juro alimentaram o aumento da procura do metal precioso, levando à sua trajetória ascendente de preços", explica Ricardo Evangelista, diretor-executivo da ActivTrades Europe, num comentário por escrito.

Destes fatores, o analista considera que as taxas de juro dos EUA são o principal risco a influenciar os preços do ouro, "com o potencial de subida limitado pela incerteza em torno dos planos da Reserva Federal para inverter a sua política monetária restritiva".

Depois de dados económicos divulgados no final da semana passada terem dado conta de um arrefecimento da economia-norte americana, cerca de 75% dos "traders" estão convictos de que o primeiro corte dos juros de referência acontecerá no encontro de política monetária da Fed de junho.

Este sentimento está a ser alimentado pela queda nos gastos na indústria e no setor da construção nos Estados Unidos, bem como pelo enfraquecimento das despesas do consumo privado (PCE) – o indicador favorito do banco central para avaliar a inflação.

Tendo em conta este cenário, os dados divulgados esta semana, incluindo o PMI dos serviços e os números do trabalho dos EUA, juntamente com o discurso de Jerome Powell perante o Congresso dos EUA - esta quarta e quinta-feira - "serão acompanhados atentamente pelos investidores, o que poderá ter um impacto nos preços do ouro", acrescenta Ricardo Evangelista.



(Notícia atualizada às 14:00)


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